A tarde de quinta-feira acabou em tragédia para a família de Vítor Queirós. O jovem bombeiro, de 27 anos, perdeu a vida na praia fluvial do Passadouro, no concelho de Alijó. A irmã assistiu a tudo.
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Depois do almoço, Vítor, que era natural e residente em Celeirós do Douro, decidiu aproveitar o bom tempo junto ao rio Pinhão, na companhia da irmã e do respetivo namorado. "Às 14.00 horas, fomos para a praia para apanhar sol. Ele chegou, despiu-se e foi para a água", conta Cláudia Cardoso, de 24 anos. Depois de nadar "de uma ponta à outra", Vítor terá sido "levado pela corrente". "Já só vi o braço dele", refere Cláudia, que estava sentada numa das mesas do parque de merendas.
Filipe Teixeira, o namorado, avança com outra possibilidade: "Talvez tenha tentado pôr o pé na represa e caiu de costas. Depois, ficou preso nas rochas, debaixo de água, e só se via um braço", acrescenta.
De imediato, Filipe, que trabalha em telecomunicações, tratou de ir buscar uma escada à carrinha, para o tentar salvar, mas em vão. Perto das 14.50 horas, chamaram o 112 e as corporações de bombeiros do Pinhão e de Sabrosa acorreram ao local. "Os bombeiros viram-se à rasca para o tirar porque não iam preparados. Tiveram que puxar as rochas com o jipe", contam. O corpo foi resgatado e ainda se procedeu a uma tentativa de reanimação, sem sucesso.
Vítor conhecia bem o sítio, pois era aí que ia a banhos no verão, além de que "sabia nadar bem, até andava na natação. Ele ia mesmo entusiasmado para ir para a água, disse logo que seria a primeira coisa que faria ao chegar", lembra a irmã, que o descreve como um rapaz calmo e "cinco estrelas".
Vítor era o mais velho de quatro irmãos, vivia sozinho e estava desempregado. Há dois anos que era estagiário nos Bombeiros de Provesende, onde pertencia à fanfarra. "Toda a gente gostava do moço. Era bom rapaz", assegura o comandante Ilídio Pinto.