O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, esteve nesta manhã de segunda-feira reunido com o Executivo da Câmara do Porto. Vice-presidente da Câmara diz que foi dada a garantia de que o túnel do Campo Alegre não encerrará ao trânsito por causa da construção da Linha Rubi.
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"O túnel do Campo Alegre permanecerá aberto durante toda a obra [de construção da Linha Rubi]", garantiu o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, depois de o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, ter apresentado "soluções" ao Executivo que evitam, precisamente, o fecho ao trânsito.
No Porto, o estaleiro da obra da Linha Rubi, cujo traçado partirá da Casa da Música em direção a Santo Ovídio, em Gaia, ocupará um terreno junto à Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto que é hoje utilizado como parque de estacionamento. "Depois, haverá um parque subterrâneo com um jardim por cima", recordou Filipe Araújo.
Para o vice-presidente, esta atitude da Metro do Porto em flexibilizar opções que permitam manter a circulação rodoviária na cidade é também uma forma de "dar resposta à população do Porto, que se tem mostrado extremamente preocupada". "Haverá outros constrangimentos, mas são pontuais e também não terão impacto no trânsito. Foi exatamente disso que nos veio falar [Tiago Braga]", reforçou.
"Como sabemos, o túnel do Campo Alegre é uma infraestrutura absolutamente crítica na cidade do Porto que, quando sujeita a alguma limitação, entope a cidade toda e nós já temos problemas que cheguem com a VCI", insistiu o vice-presidente.
Circulação na Rua do Ouro é outra preocupação
Recorde-se que a obra de construção do segundo traçado de metro entre o Porto e Gaia foi consignada na passada terça-feira. Espera-se que os trabalhos se intensifiquem nos próximos dias, sendo que já começou a ser desmantelado o posto de combustível na Rua do Ouro. Aquele lugar irá receber um dos pilares da nova ponte.
Essa era, precisamente "outra das preocupações" da Câmara do Porto. Filipe Araújo afirmou também que nessa artéria estão garantidas as condições de circulação e mobilidade.
"Há uma única questão que está a ser estudada neste momento: será um período de três meses, que está relacionado com a catenária da linha do elétrico. Ou seja, na própria construção do suporte à estrutura que permitirá a betonagem da ponte, haverá uma aproximação entre a catenária e essa mesma estrutura. Estão a estudar formas de ela ser desviada", especificou o vice-presidente da Câmara do Porto.