A assembleia de Milheirós de Poiares aprovou, na noite de terça-feira, uma moção de apoio ao projeto-lei com vista à integração desta freguesia do concelho da Feira no concelho de São João da Madeira.
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Pela primeira vez foi quebrada a unanimidade com o PSD a apresentar-se contra a desanexação.
Com cinco votos a favor do movimento independente, "Mais Milheirós" e quatro contra dos elementos do PSD, o documento foi aprovado numa sessão de assembleia repleta de munícipes que encheram por completo o salão nobre.
De acordo com a moção, a Assembleia de Freguesia de Milheirós de Poiares, "não pode deixar de se regozijar", pelo surgimento do projeto-lei 1004/XIII/2 que, "finalmente dá sequência a uma pretensão antiga, duradoura, referendada e confirmada que se consubstancia na integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de São João da Madeira".
Lembraram o referendo local em 2012, onde 81% dos munícipes, "votaram a favor da integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de São João da Madeira", num ato que teve uma participação superior a 50%.
Uma posição que os subescritores dizem ter sido reforçada pelas eleições autárquicas de 2017, onde a candidatura independente obteve a maioria absoluta. Candidatura que teve como bandeira de campanha, "a luta pela concretização da vontade da população pela integração da freguesia de Milheirós de Poiares no concelho de São João da Madeira.
Já a proposta do PSD, cuja bancada se prenunciou contra a desanexação, ao contrário do que tinha acontecido em anterior Assembleia, foi reprovada pela maioria. O Partido considera que o projeto-lei do PS e BE é demonstrativo que a freguesia de Milheirós de Poiares, "a sua história, identidade, as suas gentes e o seu futuro são leviana e irresponsavelmente usados com fins unicamente político-partidários".
Acusam os subscritores de "sede de protagonismo e o apetite voraz de alguns, denegrirem, uma vez mais, o bom nome da nossa freguesia".
"PS e BE arrogam-se agora no direito de decidirem, contra a vontade do nosso povo", consideraram.
Já depois de apresentadas as propostas foi dada a voz ao público presente, que mais uma vez se dividiu e apresentou argumentos a favor e contra a integração em São João da Madeira.