O incêndio que ameaçou casas e obrigou à retirada de dezena e meia de habitantes na freguesia do Soajo, Arcos de Valdevez continua com uma frente ativa a norte do lugar de Campo Grande.
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Três meios aéreos pesados e 60 operacionais em terra combatem ainda as chamas. Dois pelotões militares de Braga e Coimbra, num total de 30 homens, reforçaram o dispositivo durante a manhã, para "fazer vigilância e tranquilizar a população".
De acordo com informações do segundo Comandante Distrital da Proteção Civil de Viana do Castelo, Robalo Simões, que comanda as operações no terreno, "a perspetiva é que com alguns trabalhos a realizar de seguida, o incêndio possa estar dominado nas próximas duas horas".
Depois de uma terça-feira infernal, em que os lugares de Paradela e Várzea estiveram cercados pelas chamas, o combate ao fogo durante a noite foi "complicado, com necessidade de salvaguardar habitações e palheiros em Campo Grande", recordou Robalo Simões.
"Estiveram várias equipas a trabalhar para que o fogo descesse para as aldeias", referiu Robalo Simões, considerando que a presença de militares do exército no teatro de operações "é importante para o reconhecimento das populações que as Forças Armadas sempre estiveram próximas delas".
Robalo Simões, que comanda as operações no local há mais de 24 horas, destacou ainda: "Estou satisfeito com os meios, quer no seu conjunto, quer na qualidade. São excecionais. Não acredito que haja em muitos países da Europa operacionais como os portugueses. Digo isto com todo o sentimento. O combate correu uma maravilha, com todos os percalços, mas a gente não faz milagres".
Segundo o vice-presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, Hélder Barros, a área ardida em Arcos de Valdevez que "em agosto já rondava os oito hectares, deverá agora já ter ultrapassado os 10 hectares".
Aquele responsável mostra-se preocupado com "os prejuízos avultados" causados pelo fogo na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês.