O auto da notícia relativo à trágica derrocada na praia Maria Luísa, que matou cinco pessoas, na sexta-feira, foi entregue no Ministério Público de Albufeira. Banhistas fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
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"Foi enviado esta manhã ao Ministério Público de Albufeira o auto da notícia", confirmou, em declarações à Agência Lusa, o comandante da Polícia Marítima Marques Pereira, que esteve nas operações na praia Maria Luísa no dia da derrocada.
Numa resposta enviada à Agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que "foi determinada a abertura de um inquérito, tendo por base a participação da Polícia Marítima".
A PGR adianta que "o inquérito foi instaurado em Portimão e vai ser remetido ao Tribunal de Albufeira".
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), João Palma, disse ao JN que o Estado poderá vir a ser responsabilizado pela tragédia, não afastando a hipótese de "dolo eventual".
A zona do acidente da praia Maria Luísa já não está delimitada por grades de ferro, nem tem a presença de nenhum dispositivo policial no local.
A praia "está hoje com bandeira azul hasteada e a trabalhar normalmente" e a sinalética a informar os banhistas de perigo foi retirada do rochedo, adiantou o comandante da Polícia Marítima, explicando que depois da parte perigosa do rochedo ter sido alvo de demolição controlada já não se justifica a interdição daquela parte da praia.
Os banhistas e funcionários da concessão e apoios da praia cumpriram um minuto de silêncio em homenagem às cinco pessoas que morreram na derrocada de sexta-feira.
O início da homenagem, prestada à mesma hora do acidente, pouco antes das 12:00h, foi assinalado pelo apito do nadador salvador, altura a partir da qual as pessoas permaneceram imóveis e em silêncio durante um minuto.