Ministério Público arquiva queixa sobre alunos de S. Tomé a viver em sobrelotação em Amares
O Ministério Público arquivou o inquérito aberto em 2023 para investigar um alerta da Câmara de Amares sobre a existência de cerca de 60 estudantes de São Tomé e Príncipe, a frequentar um estabelecimento de ensino profissional da zona, mas a viver em antigas pensões sobrelotadas, em Caldelas e em Rendufe.
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Fonte ligada ao processo disse ao JN que, após várias diligências, não foram encontrados indícios de crime quer na atuação da escola profissional, quer nos proprietários das casas alugadas aos estudantes santomenses.
O aviso camarário referia, conforme o JN noticiou, que havia alunos a viver em grandes dificuldades financeiras, nomeadamente com incapacidade de comprar comida, e que os jovens em causa tinham vindo para Portugal com pouco dinheiro antes de o curso começar.
Os jovens frequentavam a escola profissional "O Sábio de Lago", em cursos de três anos, recebendo uma bolsa que não chegava a 450 euros mensais, que serviam para pagar o alojamento, comer e deslocar-se de autocarro.
O JN contactou, na ocasião, a escola profissional sita na chamada Ponte do Bico, tendo a sua diretora-geral, Lurdes Almeida, dito que as dificuldades dos jovens se deviam ao facto de terem vindo antes de o curso começar, muitos deles com pouco dinheiro. “Mal o curso começou adiantamos algum dinheiro da bolsa, no caso cerca de 500 euros”, disse, na altura a responsável, garantindo que o estudantes estavam satisfeitos com os cursos e sublinhando que, no geral, conseguiram alojamento na zona.