O ministro da Economia desdramatizou, este sábado, o adiamento da eleição dos novos corpos sociais da Metro do Porto e considerou que o consenso necessário para a escolha dos nomes será alcançado até à próxima Assembleia Geral.
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"Não há nada de dramático, ontem não estavam reunidas as condições necessárias para se chegar a um consenso", disse Álvaro Santos Pereira aos jornalistas, à margem de uma visita à Feira Internacional de Artesanato (FIA).
A assembleia-geral da Metro do Porto, foi marcada para sexta-feira passada com o objetivo de eleger os novos órgãos sociais mas foi suspensa por 15 dias, devido à ausência do representante do Estado, mantendo-se Ricardo Fonseca na presidência.
Isto ocorreu horas depois de a Junta Metropolitana do Porto ter aprovado o nome de João Velez de Carvalho, proposto pelo Governo, para a presidência do conselho de administração daquela empresa.
O presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, disse à agência Lusa que houve "interferências" de membros do Governo na tentativa de eleição da nova administração da Metro do Porto para "politicamente fragilizar mais o ministro da Economia".
O ministro da economia escusou-se a comentar as declarações de Rui Rio e salientou a importância da reestruturação que está ser feita no setor dos transportes, que permitiu reduzir os custos operacionais desde o ano passado.
"Por isso estamos a apostar numa meta histórica: atingir o equilíbrio operacional no final deste ano", disse Santos Pereira.
O atual conselho de administração da Metro do Porto, cujo mandato terminou em dezembro de 2010, pediu a demissão em bloco em finais de maio, com efeitos a partir do fim deste mês, por não terem sido nomeados os novos órgãos sociais.