São esperadas centenas de pessoas este fim de semana em Miranda do Douro, onde até domingo se recria a "Guerra do Mirandum", num ano em que se assinalam os 262 anos da destruição do castelo desta cidade fronteiriça, ocorrido a 8 de maio de 1762.
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A Câmara Municipal, liderada por Helena Barril, eleita pelo PSD, organiza pelo segundo ano consecutivo esta iniciativa que transporta o público até ao século XVIII, bem dá a conhecer como foram as guerras e guerrilhas associadas à destruição do castelo da cidade, do qual só restam ruínas, informou fonte autárquica.
Trata-se de um episódio marcante da história do concelho, onde morreram milhares de pessoas quando a cidade de Miranda do Douro foi tomada pelo exército espanhol entrando por Trás-os-Montes, durante a chamada Guerra dos Sete Anos. A Guerra do Mirandum perdura no cancioneiro popular local bem patente na canção "Mirandum se fue a la guerra, Nun sei quando bendrá".
Além do mercado, onde é possível comprar produtos da terra e artesanato, estão previstas várias atividades lúdicas (música, canto, dança, malabarismo e acrobacia, jogos de destreza, treino de armas), há ainda tabernas e tendas, pelas quais circulam personagens típicas da época, como os almocreves e bufarinhentos, mendigos e rameiras, carregadores e aguadeiros, cativos e escravos, poetas e vendedores de sonhos e ilusões, a fidalguia, a burguesia e figuras do clero.