<p>Os três moinhos de vento de S. Romão, na freguesia de Santo André, Vagos, vão ser restaurados através de uma parceria que envolverá a Câmara Municipal de Vagos, Junta de Freguesia e entidades privadas.</p>
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O projecto ainda está a ser ultimado mas, segundo o presidente da autarquia, Rui Cruz, um dos moinhos será recuperado integralmente, outro servirá como ponto de venda de artesanato e o terceiro será mantido como ruína controlada. Na envolvente deverá ser criada uma zona de lazer com actividades como caravanismo e pista para BTT, "só possível devido à revisão do Plano Director Municipal".
"Se o promotor privado mantiver o interesse e avançar", daqui a "dois anos" os moinhos de vento estarão recuperados com "viabilidade económica", acrescentou Rui Cruz, para quem "ter três moinhos de velas ao vento a funcionar de vez em quando não tem interesse, o que interessa é recuperar os moinhos de uma forma sustentável, criando ali uma referência museológica com vida".
O processo de recuperação foi iniciado nos anos 90, pela Comissão de Melhoramentos dos Moinhos de Vento de Santo André, mas parou há oito anos. António Gonçalves, presidente da comissão, aponta a "falta de financiamento por parte da autarquia" como principal motivo. "A Comissão era apenas intermediária no processo de recuperação, a proprietária é a Câmara e era ela que financiava todos os trabalhos", explica, avançando que, até à data, foram investidos cerca de cinco mil euros.
Já o presidente da autarquia vaguense garante que a prestação de contas - pedida pela presidente da Junta de Santo André, Dulcinea Sereno, durante a campanha eleitoral - "é uma questão acessória" e o mais importante é conseguir recuperar os moinhos "de forma sustentável".