Os moradores de um condomínio na Rua do Horto, na zona de Laborim, Vila Nova de Gaia, estão em choque com o aparecimento de vários gatos mortos, decapitados e envenenados, no terreno que ladeia o edifício.
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O episódio remete para final de abril, quando os residentes daquela rua começaram a encontrar "os animais desmembrados ou com espuma na boca". Até agora foram encontrados quatro gatos mortos, três deles decapitados.
Neste momento, estão oito gatos no terreno que ladeia o edifício, mas o número pode aumentar. "É fundamental esterilizar os gatos para que o número não se multiplique", alertou uma das residentes. De acordo com relatos no local, alguns moradores já expressaram que não desejavam a presença da colónia naquela área, instando as pessoas para não os alimentarem.
Angariação a decorrer
Vários moradores procuraram ajuda, no sentido de encontrar entidades que acolhessem o bando.
O JN sabe que o caso foi comunicado à Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal de Gaia (PATA). A entidade municipal não conseguiu acolher, nem financiar os procedimentos de esterilização e desparasitação.
Depois de vários pedidos de ajuda, a associação Paraíso dos Patudos, de Santa Maria da Feira, ofereceu-se para intervir.
Apesar de conseguirem a adoção dos animais, seja para famílias ou para associações, falta dinheiro para pagar os cuidados necessários. Nesse sentido, a associação tem uma angariação a decorrer para pagar tanto a esterilização, como a desparasitação.
A presidente da Paraíso dos Patudos, Luzia Rocha, mencionou que, neste momento já conseguiram angariar cerca de 600 euros, destinados para a esterilização. "Contudo, para as famílias e associações que abriram os braços para receber os gatos, não podem pagar as vacinas e desparasitação", partilha Luzia. Nesse sentido, incentiva à doação para que o bando seja o mais rapidamente possível encaminhado e "não tenha um final infeliz como os outros animais".