Perante o encerramento de 105 lojas no centro comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto, e os rumores de que o que terá motivado essa ação serão interesses imobiliários, o autarca Rui Moreira partilhou um vídeo nas redes sociais onde diz ser "profundamente mentira" a hipótese de ser lá construído um hotel.
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Ao início da tarde desta quinta-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, partilhou um vídeo nas redes sociais com mais um esclarecimento sobre o Stop. Justificando a publicação com as "informações falsas de que o centro comercial Stop vai ser transformado num hotel", o autarca começa por insistir, à semelhança do que já tinha feito na quarta-feira, que o Município "não conhece nenhum projeto imobiliário" para aquele local.
"Continuo a ouvir falar e a ler em redes sociais de que por trás do que se passa no Stop há interesses imobiliários e a hipótese de construção de um hotel. Isso é profundamente mentira", reafirma. Além disso, acrescenta, "se os proprietários pudessem e quisessem vender o Stop, a Câmara do Porto teria comprado" o edifício, tal como fez com o Teatro Sá da Bandeira para onde estava, efetivamente, prevista a construção de um hotel.
Moreira recorda que a Câmara do Porto já tinha proposto, em novembro do ano passado, os dois últimos pisos do Silo Auto como alternativa para os músicos, "onde se podiam construir estúdios individuais com todas as garantias, com todas as condições e com investimento municipal", já que o edifício é do Município.
"Agora, no seguimento das conversas havidas e porque a Escola Pires de Lima vai ficar livre, tivemos uma reunião com uma das associações, a quem propusemos esta solução, que fica a 200 metros do Stop e tem todas as condições. Vamos hoje reunir também com outra associação", revelou o autarca.
Certo é que, nota Rui Moreira, no Stop "há uma situação de profunda ilegalidade e um risco iminente para a população. E com isso, naturalmente, nós não podemos compactuar".