Motociclistas resgatados após serem surpreendidos por queda de neve na Serra da Estrela

O alerta foi dado pelos próprios cerca das 19 horas. “Foram eles que ligaram para os bombeiros a dar conta que estavam presos na neve e já não conseguiam seguir caminho, nem voltar atrás”, explica ao JN o comandante da corporação serrana.

Luís Marques adianta ainda que “enviaram a localização e, com a ajuda dos limpa-neves conseguimos chegar até eles e levá-los ao seu destino”, uma unidade hoteleira nas Penhas da Saúde.

“Eles entraram na Serra pelo lado de Unhais da Serra e meteram-se por uma estrada que já estava fechada ao trânsito, mas como junto à localidade a estrada ainda estava transitável, pensaram que ainda iam conseguir fazer o trajeto até às Penhas da Saúde. O problema é que o tempo aqui é sempre instável e num segundo tudo muda. Foram surpreendidos pela neve, pelo que deixaram as motas e ainda fizeram parte do caminho a pé, mas chegou a um ponto que já estavam esgotados e era impossível continuar. Foi quando nos deram o alerta”, explica o comandante.

Nesta operação de socorro, a equipa de montanha dos Bombeiros Voluntários da Covilhã contou com o apoio da Infraestruturas de Portugal e da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR.

Luís Marques reitera que “este ano está a nevar como seria normal há uma década, pelo que os cuidados têm de ser redobrados e as pessoas quando planeiam uma visita à Serra da Estrela têm de ter em conta os alertas das autoridades, porque os nevões lá em cima são muito imprevisíveis. Podem subir à serra sem estar a nevar e, de repente, cai um nevão e ficam em apuros”. Precisamente para serem prudentes, “devem levar sempre correntes de neve, bem como os veículos abastecidos de combustível e roupas quentes, pois não sabem se poderão ficar retidos por algum tempo e, por isso, não se devem colocar em perigo”. O comandante lembra que muitas vezes os alertas são ignorados por quem alega que se “cortam as estradas porque não há limpa-neves. Mas não é isso que acontece. Há limpa-neves, que funcionam, mas por vezes, com condições meteorológicas muito adversas, não conseguimos garantir a segurança dos turistas, por isso se condiciona a circulação nas vias rodoviárias”.