Concurso público aprovado após duas décadas de investigação. Ano e meio de obra e 3,3 milhões de investimento.
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A Câmara de Braga vai lançar o concurso público para a musealização das ruínas arqueológicas da Ínsula das Carvalheiras e criação do Centro de Interpretação e área envolvente. A medida foi avançada na reunião do Executivo realizada esta segunda-feira e surge depois de mais de 20 anos de investigação.
A parceria entre o Município de Braga e a Universidade do Minho concluiu o projeto que levará à valorização, musealização e à adequação à visita do conjunto arqueológico. A obra terá um prazo de execução de 18 meses, representando um investimento de 3,3 milhões de euros.
Ricardo Rio, o presidente da autarquia, quer que o local seja um espaço de visita obrigatória para os residentes e para os turistas. “Será um espaço de fruição para aqueles que aqui residem e que, obviamente, poderão também desfrutar das condições muito interessantes que, no projeto, foram asseguradas para os moradores e para os habitantes da nossa cidade”.
Para além da componente arqueológica, o projeto prevê a criação de um parque urbano anexo às ruínas.
Empréstimo para estradas
Também hoje a contratação de um empréstimo à banca foi um dos assuntos levados à reunião do Executivo e apenas os vereadores da coligação Juntos por Braga votaram a favor. São 15 milhões de euros para a requalificação de mais de duas dezenas de estradas em diferentes pontos do concelho.
A proposta foi aprovada mas contou com a abstenção dos vereadores do PS e da CDU. No total, são 20 de intervenção que terão que ser realizados até 2025. A obra de maior envergadura (3, 1 milhões) é a da variante do Fojo.
Ricardo Rio disse que se trata de um empréstimo com caráter “acelerador”, que vai “garantir que num contexto temporal bastante curto o município consiga acorrer a todas as situações de forma simultânea”.
Os vereadores do PS, apesar de reconhecerem a necessidade das obras, referem que mais de metade dos trabalhos não serão executados. “Grande parte das vias que se propõe ser intervencionadas são vias de fuga das atuais obras a decorrer na cidade”, referiu o socialista Rui Feio.