Obras de requalificação, pagas em parceria com a Câmara de Gondomar, tiveram como objetivo tornar espaço mais tecnológico. Entradas vão continuar de graça.
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Foi com 20 anos que Elísia Sousa começou a trabalhar nas minas de S. Pedro da Cova, em Gondomar. Este sábado, aos 81 anos, foi à reinauguração do Museu Mineiro e não escondeu a emoção quando viu uma fotografia sua daqueles tempos. "Não queria acreditar quando me vi", desabafou, ainda incrédula, ao JN, na companhia das colegas de trabalho, Florinda e Emília.
Depois de um período fechado para obras, o espaço reabriu com a exposição "Valorização do Trabalho das Mulheres Mineiras", que ficará lá permanentemente.
Também a presidente da Junta da União de freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Sofia Martins, não escondeu a emoção de reinaugurar o museu, enaltecendo o facto do espaço "ser único no país".
Além da recriação de vários momentos do quotidiano mineiro, ao longo de um túnel de mina, o museu usa ainda tecnologias de realidade virtual e aumentada.
No futuro, a Junta tem intenção de colocar as entradas pagas para visitantes não residentes na freguesia, mas para já, "pelo menos até janeiro, vão continuar gratuitas", garantiu a autarca.
O presidente da Câmara, Marco Martins, referiu ao JN que este "não pode ser um projeto acabado", dando conta da vontade de transformar a zona envolvente do Cavalete de S. Vicente num "museu vivo". E acrescentou: "Depois da reabilitação, que deve estar pronta entre abril/maio, contamos lançar o concurso desta obra no final de 2023, início de 2024, com zonas de lazer, prevendo também a reabilitação de alguns edifícios do complexo mineiro industrial para um museu de outra dimensão, um museu vivo no local onde se produzia e se extraía o carvão".