Nadadores-salvadores atentos e prontos a atuar das 10 às 19 horas, para que as famílias vão a banhos em segurança
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Fim de tarde nublado na Costa Nova e a nadadora-salvadora Maria Luís, que está no areal desde as 10 horas, continua atenta a quem vai a banhos. Treinadora de natação e professora de educação física de profissão, cumpre a terceira época balnear em praias ilhavenses e não lhe faltam histórias de sustos e salvamentos.No ano passado, recorda Maria Luís, “houve uma morte numa praia não vigiada. Quando fomos alertados atuamos, mas já estava distante e tinha passado algum tempo”, lamenta. Este verão também já teve de entrar na água, “numa zona não vigiada” entre a Barra e a Costa Nova, para retirar um casal, de cerca de 30 anos. A nadadora-salvadora foi alertada por banhistas e pegou na moto-quatro. Pelo caminho apanhou outro nadador-salvador. Não foi grave, foi mais a “aflição”, diz Maria Luís, explicando que as pessoas “estavam em pânico porque estavam numas rochas, rodeados de água, e não conseguiam sair”.
Os nadadores-salvadores vigiam entre as 10 e as 19 horas e pode ser “cansativo, porque temos de lidar com muita gente e muita informação ao mesmo tempo, mas não podemos desfocar” do trabalho de vigilância, diz Maria Luís. “Tentamos sempre prevenir, mas há situações em que é preciso entrar na água. São maioritariamente em zonas não vigiadas”, acrescenta. Nas praias ilhavenses, alerta Maria Luís, há perigos à espreita. Há zonas de “agueiros, correntes de retorno para o interior do mar”. Estas correntes “puxam para dentro do mar e a primeira reação [dos banhistas] é nadar contra a corrente, o que é errado. Devem nadar paralelamente, para o lado, tentando afastar-se. Se for necessário, devem pedir ajuda e nós entramos para ajudar”, aconselha Maria Luís.