A Câmara de Famalicão aprovou, na reunião do executivo municipal desta quinta-feira, a adjudicação do serviço de transportes intermunicipais por sete anos.
Corpo do artigo
A nova rede de transportes dos municípios de Famalicão, Trofa e Santo Tirso será gerida pela Associação de Municípios MobiAve, que está a ser constituída, e entrará em funcionamento em 2024.
Esta rede de transportes vai implicar o investimento total de mais de 76 milhões de euros, sendo que a Famalicão cabe pagar mais de 55 milhões de euros, Santo Tirso vai investir cerca de 17 milhões e Trofa mais de três milhões de euros.
“É um salto qualitativo e quantitativo para o concelho. Até 2022, a rede de transportes incorporava 720 quilómetros e a partir de 2023 vai atingir os dois milhões de quilómetros”, adiantou Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão. “Com esta nova rede [que vai substituir a atual] vamos aumentar 600%”, continuou.
Segundo o autarca, os transportes públicos vão contar com 90 linhas só no concelho de Famalicão, operadas por mais de 120 autocarros. “Os autocarros serão na sua maioria, novos, com condições para pessoas com mobilidade reduzida, climatizados e rede wifi para que sejam atrativos”, afirmou.
Com a prestação de serviço de transportes públicos, a autarquia pretende “atenuar” o tráfego automóvel, contribuindo para a “sustentabilidade ambiental” e para a “comodidade das pessoas”.
A nova rede deverá estar no terreno no segundo trimestre do próximo ano, “no pior dos cenários”. Entretanto, a MobiAve está a ser constituída. O serviço vai ser adjudicado à Transdev, a quem estão atualmente concessionados os transportes públicos em Famalicão.
A Câmara de Famalicão queixou-se em fevereiro de falhas da empresa, nomeadamente quanto ao incumprimento de horários e rotas, e até aplicou sanções pecuniárias por não estar a ser cumprido o contrato. A empresa alegou falta de motoristas para algumas falhas.
Mário Passos revelou que, até julho, o contrato estará a ser cumprido na íntegra e notou que a empresa teve necessidade de recorrer a mão de obra estrangeira que precisou de formação. Por isso, acredita que, com o novo serviço, não haverá problemas.