O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, mostra-se preocupado com a nova Unidade Local de Saúde (ULS) na região, que entra em vigor a 1 de janeiro de 2024, considerando que é "uma fuga para a frente do Serviço Nacional de Saúde".
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A ULS de Coimbra, uma das 31 a ser criadas a nível nacional, vai abranger o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (ambos em Cantanhede), com o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte e os Centros de Saúde de Cantanhede, de Celas, de Eiras, de Fernão Magalhães, de Norton de Matos, de Santa Clara, de São Martinho do Bispo, de Condeixa-a-Nova, da Mealhada, de Mira, de Mortágua e de Penacova. No total, estima-se que esta ULS vá abranger cerca de 400 mil utentes.
"Estamos muito preocupados com esta nova ULS. É uma fuga para a frente, com prejuízos para o SNS. É como a descentralização, as intenções são boas, mas quem paga o prejuízo são os doantes. Não há uma verdadeira aposta no SNS em Portugal", acusou José Manuel Silva, durante a reunião do Executivo camarário, a decorrer esta segunda-feira.
A questão tinha sido levantada pelo vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, mostrando também a sua preocupação pela dimensão da ULS de Coimbra.
"Em Coimbra é tudo em grande, devemos ter a maior ULS da Europa, com mais de 400 mil utentes. Cá estaremos para ver, mas já mostrámos que estávamos certos quando foi a fusão dos hospitais", apontou.
As ULS foram anunciadas pela Direção Executiva do SNS, que garante haver uma melhoria do acesso e redução da burocracia para os utentes.