Novo ano letivo na Universidade do Minho traz horários alargados e aulas aos sábados
Por causa da covid, e de acordo com as indicações da DGS, academia minhota tem novas regras. Os alunos do primeiro ano vão todos ter lições presenciais .
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Aulas ao sábado, horários alargados, todos os dias, das oito da manhã às oito da noite, e presenciais para todos os alunos do primeiro ano, são as principais novidades para o próximo ano letivo na Universidade do Minho.
A academia minhota foi a primeira a suspender as aulas presenciais, em março, por causa da covid-19 e é a primeira a divulgar as novas regras para o novo ano escolar. "A nossa ambição é ter todos os estudantes em regime presencial, mas já sabemos que não será fácil. Por isso, implementamos novas formas de funcionamento capazes de dar a melhor resposta nas atuais circunstâncias", disse ao JN Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho.
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Seguindo as indicações da Direção-Geral da Saúde (DGS), que apontam para o distanciamento social entre os alunos, o uso de máscara e a desinfeção das mãos e de equipamentos e mobiliário, a academia vai iniciar as aulas às oito da manhã e só terminar às 20 horas. O objetivo é o de, ao estender os horários, permitir que mais estudantes possam assistir presencialmente, ao mesmo tempo que haverá menos alunos por sala.
Aproveitar espaço
O facto de haver aulas ao sábado contribui também para o "maior aproveitamento dos espaços", sobretudo das salas, laboratórios e auditórios, permitindo aos estudantes estar durante mais tempo a participar em aulas presenciais, explicou o reitor.
"Todos os alunos vão ter um misto de ensino online e na universidade. A exceção será para os estudantes do primeiro ano que, para melhor se adaptarem, terão, em todos os cursos, aulas na universidade, em sala ou no laboratório e com a presença de um professor", referiu Rui Vieira de Castro.
Em todos os cursos, as aulas de laboratório serão "efetivamente presenciais", segundo aquele responsável, que apontou ainda que também os exames serão feitos nas instalações da universidade. O plano traçado para o próximo ano letivo só poderá sofrer alterações no caso de haver uma nova quarentena ou se houver novas indicações da DGS.
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"Esta situação (quarentena e suspensão de ensino presencial) veio confirmar a importância das aulas em que alunos e professores estão no mesmo espaço, conversam, convivem e sentem a importância de trabalhar em conjunto", salientou Rui Vieira de Castro.
O ensino online é para manter, sobretudo para alunos finalistas, mas os exames e as aulas práticas têm que ser feitas nas instalações da universidade. São, diz o reitor, "novas regras que podem trazer contratempos" para os estudantes, que terão que passar mais tempo no campus e obrigar os que vivem longe a mais deslocações.