A água e saneamento voltam a ficar mais caros em Valongo. Para quem tiver um consumo médio mensal de 10 metros cúbicos, a fatura vai aumentar 1,17 euros, em 2022, para um valor de 24,28 euros.
Corpo do artigo
Apesar do aumento de 5%, a Câmara afirma que o custo continua a ser "dos mais baixos" da Área Metropolitana do Porto. A atualização tarifária foi aprovada em reunião de Executivo, com os votos contra do PSD.
O preço já tinha subido 85 cêntimos em 2021, mas a Autarquia acabou por subsidiar esse aumento, para que não tivesse tanto "impacto" na vida das famílias em tempos de pandemia. Essa medida, divulgou agora o Município, teve um custo de 400 mil euros aos cofres municipais, e já não existem "fundamentos" para que seja mantida. "A situação é hoje muito diferente. Não há confinamento, a taxa de desemprego no concelho é das mais baixas da região, o salário mínimo vai aumentar e existe crescimento económico. Não faz sentido manter um apoio que, do ponto de vista financeiro, é insustentável e criaria problemas no futuro", advoga o presidente, defendendo que os custos do serviço devem ser repercutidos no consumidor.
Além disso, José Manuel Ribeiro salienta que essas atualizações estão previstas no contrato de concessão e que fazer um resgate custaria mais de 50 milhões de euros, condicionando a ação da Autarquia. Quando foi renegociado o contrato, foi introduzida uma "limitação das atualizações tarifárias em função da média de preços praticados na Área Metropolitana do Porto", para "defender as famílias".
Os vereadores do PSD votaram contra a atualização, criticando o aumento de 5%, que é "acima da inflação" e "significativo" nos orçamentos familiares, num ano que traz várias subidas de preços. Apelidando a subsidiação de 2021 como "eleitoralista", Miguel Santos acredita que, agora, "era muito mais importante apoiar as famílias e empresas" com a conta da água "do que fazer empreitadas" que podem ser adiadas. "As famílias da classe média é que vão pagar", acrescenta.