Novo posto da GNR de Fânzeres deverá abrir em abril

Na próxima reunião do Executivo da Câmara de Gondomar, que acontece na quarta-feira, vai a votação a proposta do protocolo entre a Autarquia e o Ministério da Administração Interna (MAI), segundo o qual a tutela ficará durante 13 anos a pagar uma renda mensal de sete mil euros à Câmara, por conta da obra de remodelação do novo posto da GNR de Fânzeres.

Esta decisão foi a forma encontrada pelo Governo para ultrapassar as questões burocráticas que dizem respeito ao pagamento da empreitada, que têm feito adiar a abertura do novo espaço, pronto desde julho.

Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, assumiu ao JN "que esta decisão não era aquela que estava à espera", recordando que seguiu "exatamente o mesmo acordo que levou à construção do posto da GNR de Medas", então estabelecido com o secretário de Estado da Administração Interna, Antero Luís, e com o ministro, Eduardo Cabrita.

E explicou: "O Município lançou a empreitada em articulação com o MAI, dada a necessidade urgente de mudar as atuais instalações e, com isso, melhorar as condições da GNR".

O contrato de comodato chegou a ser aprovado, a empreitada teve o visto do Tribunal de Contas, e estava previsto que a obra fosse comparticipada a 100% pelo Ministério.

Todavia, já com o ministro José Luís Carneiro, a Autarquia ficou a saber que a tutela não tinha "cabimento" para esta empreitada.

Obras na rua ficam prontas no final de março

Atualmente estão a ser feitas obras na rua e o Município estima que estejam concluídas no final de março.

Entretanto, a Câmara já entregou a chave à GNR para começarem a ser feitas as mudanças, admitindo que "a partir de abril" o novo posto já esteja a funcionar.

Marco Martins confessou que não se sente "arrependido" por ter assumido a empreitada, salientando que "após 24 anos, a GNR muda-se finalmente para umas instalações em condições".

"Só é pena que em vez de ser ressarcido no imediato pela obra feita, só o seja ao fim de 13 anos", concluiu.