A proteção dos campos na zona de confluência dos esteiros de Canelas e Salreu, no concelho de Estarreja, voltou a ceder, estando os serviços camarários no local a tentar controlar o rombo, anunciou a autarquia.
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De acordo com uma nota informativa da Câmara de Estarreja, distribuída ao final da tarde desta quinta-feira, "em consequência do mau tempo que nos últimos dias tem assolado a região, a proteção primária que foi executada pela Câmara Municipal na margem Norte do Esteiro de Canelas, na zona de confluência deste com o Esteiro de Salreu, cedeu, abrindo um rombo de dimensões consideráveis".
Os serviços camarários "estão no terreno para tentar minorar a situação", mas as características do terreno, agravadas pelas chuvas "dificultam a chegada ao local com equipamento pesado que permita uma ação imediata de minimização dos estragos".
O executivo municipal salienta que "está a exercer um papel que cabe à Administração Central e agora aos Ministérios da Agricultura e do Ambiente", o que já tem sido obrigado a fazer em anteriores situações de emergência.
"Face à ausência de respostas por parte da Administração Central na resolução dos vários problemas que assolam o Baixo Vouga Lagunar, por invasão das águas salgada e doce, a Câmara Municipal tem atuado frequentemente em prol da defesa dos campos agrícolas e no ano que agora terminou, depois de ter agido na margem sul do Esteiro de Canelas, reparando seis rombos provocados pelo avanço das águas da Ria, foi obrigada a intervir repetidamente na margem norte para resolver situações similares.
A autarquia "apela de novo aos Ministérios para que intervenham com urgência, ajudando nestas operações que vão surgindo e, a médio prazo, com a execução cada vez mais urgente do projeto de defesa do Baixo Vouga Lagunar, fundamental para a biodiversidade da zona e para a continuidade da prática agrícola".
O executivo camarário liderado por Diamantino Sabina aumentou para o triplo, no Orçamento de 2014, as verbas previstas para a proteção aos campos agrícolas concelhios do Baixo Vouga, face à "inação" da administração central" e às dificuldades dos agricultores, "na expectativa de que o novo quadro de apoio comunitário comum possa integrar finalmente a conclusão do Projeto Agrícola do Baixo Vouga".