Estrutura substituirá passagem aérea pedonal que garantia ligação ao centro de Matosinhos e que já foi desmantelada.
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O novo viaduto que vai substituir a passagem pedonal aérea na A4, que garantia o acesso da população residente nas urbanizações em redor da Praceta de António Sérgio e da Quinta de Monserrate ao centro da cidade de Matosinhos, só vai começar a ser construído no primeiro trimestre do próximo ano. Ficará no mesmo local da antiga travessia, que já foi removida, depois de ter sido encerrada pela Infraestruturas de Portugal no verão do ano passado, devido a problemas de segurança.
Até que a nova ligação fique pronta, o atravessamento sobre a via é garantido por um viaduto mais a nascente. Porém, todos os dias, há quem arrisque cruzar a pé a autoestrada, alheio ao perigo. É que do lado oposto das casas onde residem milhares de pessoas, encontram-se serviços essenciais como o centro de saúde, as piscinas municipais, três escolas, as Finanças, a junta e o tribunal.
Contactada pelo JN, a Infraestruturas de Portugal (IP) respondeu que "a decisão de proceder à desmontagem da passagem superior de peões teve por base a monitorização realizada, onde foram identificados danos que colocavam em risco as condições de estabilidade e, consequentemente, a segurança dos seus utilizadores".
"Validação do projeto"
A IP assegurou ainda que irá criar "uma nova passagem superior pedonal, a construir no local onde existia a que foi desmantelada, cujo projeto se encontra em desenvolvimento". Sobre a solução para os peões, enquanto a nova passagem não for construída, a mesma fonte indicou que estes "dispõem nas proximidades de uma alternativa segura para o atravessamento sobre a estrada".
Fonte do Município de Matosinhos deu conta que "a IP já enviou à Câmara o projeto do novo viaduto para apreciação". A Autarquia, por sua vez, "remeteu o seu parecer técnico" a esta entidade, aguardando "validação do projeto final".
Depois desta fase estar concluída, será lançado o concurso da empreitada, estimando a Câmara que o início da obra aconteça "no primeiro trimestre de 2024".
Pormenores
População não foi avisada
No ano passado, os moradores contestaram não terem sido avisados do encerramento da passagem, tendo feito na altura comparação com a ponte móvel de Leixões: "Sempre que avaria é prestada informação".
Passagem não teve obras
Os moradores apontaram a degradação da passagem aérea que não sofria manutenção desde que ali foi colocada "há mais de 20 anos". Sobre a nova, que vai nascer no mesmo sítio, a Câmara aguarda a validação do projeto final. Será necessário lançar concurso público.