
O candidato ao Porto, Nuno Cardoso (Porto Primeiro - NC/PPM)
Foto: Pedro Correia
O candidato ao Porto Nuno Cardoso (Porto Primeiro - NC/PPM) revelou, esta terça-feira, que foram rejeitadas as impugnações às suas listas às freguesias apresentadas pelo seu adversário Filipe Araújo (movimento independente), que acusou de "hipocrisia".
"Nós entendemos que os portuenses merecem todas as candidaturas (...) e não perdemos tempo [a impugnar listas]. Nem somos hipócritas a referir intervenções partidárias quando acabamos por fazer o mesmo. Foi o caso do Filipe Araújo numa atitude absolutamente hipócrita, porque impugnou as nossas listas às sete freguesias", disse hoje à Lusa o candidato Nuno Cardoso.
Na passada sexta-feira, o independente Filipe Araújo acusou a candidatura encabeçada por Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL) de "bullying" e de "tentativa de golpe palaciano", por ter apresentado impugnações às listas que o atual vice-presidente da autarquia apresentou às freguesias.
A campanha de Filipe Araújo impugnou também as listas às freguesias de dois candidatos, António Araújo e Nuno Cardoso, dizendo que estes não poderiam ter o seu nome na candidatura às freguesias, mas considerou que foi só um "apontar de questões técnicas" e não uma "tentativa de limitar a democracia" como as impugnações que lhe foram feitas pelo PSD.
De acordo com Nuno Cardoso, o tribunal não deu razão aos pedidos de impugnação às suas listas apresentadas por Filipe Araújo.
O candidato declarou ainda ter ficado "genuinamente triste" por o Tribunal da Relação ter rejeitado na passada sexta-feira as listas apresentadas pelo independente António Araújo à Câmara do Porto e à Assembleia Municipal por falta de assinaturas, e considerou que os candidatos independentes têm mais dificuldades em conseguir apresentar candidaturas.
Nuno Cardoso começou na corrida à Câmara do Porto como independente, mas encabeça agora uma coligação entre o Nós Cidadãos! e o Partido Popular Monárquico, mantendo na mesma a designação "Porto Primeiro - Nuno Cardoso", que diz tratar-se de uma "coligação instrumental".
"A questão da coligação é apenas instrumento. Porque nenhum dos partidos forneceu qualquer elemento para a lista e não têm qualquer interferência no programa eleitoral. Eles fazem questão de oferecer esse veículo aos independentes, para que eles possam ter condições idênticas às que os partidos construíram", explicou, garantindo que continuam "livres e independentes".
Concorrem à Câmara Municipal do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (PSD/IL/CDS-PP), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (movimento independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (Partido Liberal Social).
António Araújo, que também se candidatou ao Porto como independente, viu na sexta-feira a sua candidatura ser rejeitada por falta de assinaturas e aguarda resposta do recurso que apresentou ao Tribunal Constitucional.
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas estão marcadas para 12 de outubro.
