Nuno Cardoso, candidato independente à Câmara do Porto pelo movimento "Porto em Primeiro", apresentou um projeto que promete criar seis mil novas habitações e 35 mil empregos. O empreendimento está desenhado para uma área de 100 hectares e consiste na criação da Zona Económica Especial Parque Ramalde (ZEEP).
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"O Porto é a cabeça da região Norte e tem de corresponder a esse estatuto a nível económico. O objetivo é transformar uma zona que, atualmente, serve maioritariamente a indústria automóvel e transformá-la numa área atrativa para "startups" e empresas ligadas à inovação tecnológica de todo o Mundo", explicou Nuno Cardoso.
Decidido a tornar o Porto numa "cidade cosmopolita, verde e do século XXI", o candidato independente traçou um plano "a 10/15 anos", que acredita ser sustentável e que se pagará através das mais-valias que vai gerar.
Sendo um projeto a longo prazo, tem uma medida considerada fundamental para a sua viabilidade. "Esta ZEEP será o elo de ligação entre o centro da cidade e o aeroporto. Para isso, teremos que tornar a Avenida da AEP subterrânea, o que terá um custo aproximado de 70 milhões de euros, sendo que a obra deverá demorar cerca de dois anos e meio", destacou.
Quando as infraestruturas estiverem prontas para receber as empresas estrangeiras que pretendam entrar na Europa via Portugal, o projeto evoluirá por si. Admitindo que será um investimento público-privado, Nuno Cardoso acredita que os empresários terão interesse em investir na construção necessária para albergar tamanha ambição, uma vez que também beneficiarão do que ali será criado.
Assim, à medida que a ZEEP de Ramalde evoluir, "os investidores, as empresas, o Porto e Portugal" ganham com o seu crescimento. Este será o caminho para a criação dos 35 mil empregos qualificados, que permitirão "aos jovens que saem das nossas universidades" encontrarem futuro no seu país.
Habitação cooperativa
Quanto ao objetivo de criar seis mil novas casas nesta área, a custo controlado, vai de encontro à visão do candidato do "Porto em Primeiro", relativamente à necessidade de resolver o problema da habitação.
Neste tema, a visão passa por investir no cooperativismo. "Primeiro, pretendemos negociar diretamente com os donos das casas devolutas, o que permitirá aumentar a oferta disponível. Depois, acreditamos que a solução passa pelas cooperativas, que serão a ligação entre a Câmara e os cidadãos", disse.