Oito empresas destruídas com prejuízos brutais. Governantes prometeram medidas que asseguram empregos.
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As contas ainda estão longe de ser fechadas, mas a estimativa é que os prejuízos causados pelo fogo que anteontem destruiu oito empresas em Castelo de Paiva sejam superiores a 20 milhões de euros, diz o presidente da Câmara, Gonçalo Rocha. Só no caso da maior empregadora do concelho, a Bradco, as perdas serão de oito milhões.
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João Neves, secretário de Estado da Economia, e Miguel Cabrita, secretário de Estado do Trabalho e da Formação Profissional, já reuniram com as empresas para encontrar soluções que permitam manter os postos de trabalho. Os empresários dizem que isso só será possível com apoios .
A destruição destas empresas foi "um rude golpe" para a economia local, concordaram os representantes do Governo. A meta é "mobilizar todos os instrumentos e criar alternativas para a retoma da atividade, tornando viáveis os postos de trabalho".
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Reabilitar o espaço
As soluções deverão passar por linhas de crédito, apoios à tesouraria e ao investimento, acompanhamento dos trabalhadores, formação e requalificação profissional, adiantaram. As soluções, adaptadas a cada empresa, serão estudadas com a ajuda do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), da Segurança Social e do IAPMEI.
"Aquilo que pudermos fazer vamos fazer, são postos de trabalho que queremos preservar. Trata-se de empresas com viabilidade e em processo de crescimento", garantiu Miguel Cabrita.
O objetivo passa também por reabilitar o espaço do Centro de Apoio à Criação de Empresas onde as indústrias estavam alojadas. Até lá, serão necessárias instalações alternativas.
Gonçalo Rocha afirma ter pedido ao Governo "um plano especial de apoio ao município", que tem atravessado momentos difíceis, desde os incêndios de 2017. Entre os apelos estão a conclusão da variante à A32 e um serviço médico de urgência mais eficaz.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, emitiu uma nota em que revela estar a acompanhar, "com preocupação", a situação de Castelo de Paiva e manifesta "solidariedade à população, empresários e trabalhadores", desejando que sejam rapidamente "encontradas respostas para minimizar os danos e garantir os rendimentos".
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