A SPC Porto Seco - Serviço Português de Contentores, do grupo SAPEC, criou há mais de uma década um terminal rodoferroviário em Campo, Valongo, uma plataforma de ligação modal que se tem revelado essencial no desenvolvimento económico do país.
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Os 18 hectares de área, o acesso rápido à rede viária (tem ligações à A4 e A41) e a ligação à ferrovia fazem com que o terminal instalado em Campo reúna todas as diretrizes necessárias ao desenvolvimento da atividade da SPC Porto Seco. "É difícil identificar locais que reúnam estas características de espaço, acessos e ligação à ferrovia. E Valongo reúne todos", sublinha Lucas Teixeira, diretor da unidade de negócio da Divisão Norte da empresa de logística, anotando que as operações que se efetuam "têm a ver com a transferência e integração modal.
"Esta infraestrutura possibilita que as empresa do nosso 'hinterland' tenham melhores acessos aos portos da cintura ibérica e consigam colocar, por esta via, os seus produtos de forma mais competitiva no fluxo de exportação, ao fazer chegar as matérias-primas até às suas empresas também de forma competitiva, com os menores custos possíveis", acrescentou o responsável a Norte da SPC, defendendo que a "plataforma é fulcral no dinamismo económico do 'hinterland'".
De segunda a sábado, a partir das 5 horas da manhã, começa o movimento de máquinas no terminal, que carregam e descarregam contentores do comboio que transportará novas as mercadorias até ao Porto de Sines, num percurso que durará cerca de seis a sete horas. Findo o carregamento da composição de mais de 480 metros de comprimento, segue-se, a partir das 7 da manhã, um rodopio de camiões para recolher ou deixar produtos, numa operação que termina pelas 21 horas.
"Há um conjunto de operações de suporte ao interface modal e integração modal que tem a ver com a carga e descarga de contentores, ou com todo o tipo de atividades logísticas que são necessários para a colocação dos produtos à exportação ou a receção dos mesmos para importação. Desde as descargas para armazém, das cargas das viaturas para saídas e outro tipo de operações, da manutenção dos próprios equipamentos", explica Lucas Teixeira, avançando que tais operações "envolvem uma equipa permanente na plataforma de 35 pessoas, entre operacionais do terreno, administrativos e comerciais".
Uma corrente bem oleada e que envolve muitos outros profissionais. "Quando vemos um produto no linear de venda é difícil identificar todos os intervenientes. Não só passa por um terminal com estas características, como pelo transportador rodoviário, pelo ferroviário e pelo marítimo. Para além de outros profissionais de áreas que são necessárias e que têm a ver com tramitações legais ou processos aduaneiros. São um conjunto muito alargado de pessoas que trabalha na cadeia logística para que um produto chegue ao linear de venda", salientou o diretor da divisão Norte da SPC, reconhecendo que o consumidor final não consegue ter "uma visão clara do processo" quando está a comprar um produto numa loja.