O autarca de Viana do Castelo admitiu esta terça-feira que a construção do novo mercado municipal daquela cidade, no espaço do antigo prédio Coutinho, demolido em 2022, ainda não deverá avançar este ano.
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Segundo Luis Nobre, a abertura de propostas apresentadas ao concurso público internacional, cuja abertura foi aprovada em final de junho, está prevista para 23 de outubro. E devido aos procedimentos legais, incluindo eventual contestação de candidatos, o início da obra continuará a ser protelado.
“Há aqui uma probabilidade significativa, para meu desgosto, de a obra do mercado não avançar este ano”, admitiu hoje no período antes da ordem dia da reunião do executivo, sobre a concretização de obras pendentes: a do novo mercado, a da nova ponte sobre o rio Lima e o acesso rodoviário do Vale do Neiva [ligação] à A28, que compreendem execução de fundos do PRR.
Recorde-se que a obra do novo mercado vai ser concretizada com financiamento obtido através de um empréstimo contraído recentemente pela autarquia, no valor de 14 milhões de euros, para comparticipar quatro obras. A maior tranche será aplicada na edificação do mercado, cujo custo está orçado em 12,6 milhões de euros. O prazo de execução da empreitada é de dois anos.
A obra, que será concretizada em pleno do centro histórico da cidade, constituiu justificação para a demolição do imóvel de 13 andares que acabou por ser executada pela sociedade Polis (Viana Polis) há dois anos.
De acordo com a última informação tornada pública pelo município sobre o projeto, o futuro mercado terá dois pisos e contemplará 28 lojas, 56 bancas de venda no interior e espaço exterior destinado a produtores locais. E ainda um parque estacionamento com 94 lugares e ligação em túnel a um outro parque existente nas imediações.
Um relatório sobre um estudo de análise do custo-benefício do futuro mercado municipal de Viana do Castelo, divulgado pela autarquia, indica que “por cada 1 euros de investimento ocorrerá um aumento de riqueza de 1,1 milhões de euros, gerando potencialmente uma ‘taxa de retorno global ou social positiva’ do investimento”. E que o plano de ocupação das diversas bancas e lojas do futuro mercado prevê que a receita anual resultante da cobrança de taxas municipais será de “296 mil euros”.
O futuro edifício vai nascer no espaço onde foi construído em 1975 e demolido em 2022, o prédio Coutinho, mas onde anteriormente também funcionou até 1965 o primeiro mercado municipal da cidade. O novo deverá agora ser construído “em 2025 e 2026”.