Investidores do Gaia Infinity Hub, na Madalena, estão a tratar do projeto de arquitetura. Construção irá durar três anos e quando estiver pronto poderá empregar 15 mil pessoas.
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O polo tecnológico Gaia Infinity Hub, que ocupará o lugar do parque de campismo da Madalena, começará a ser construído no próximo ano. Essa é a previsão dos luso-brasileiros da Gestão Capital, proprietários do local e responsáveis pelo projeto, que apontam para 1000 milhões de euros de investimento e a criação de 15 mil empregos.
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"Estamos a desenvolver o projeto de arquitetura e a trabalhar para que venha a merecer a classificação de Projeto de Interesse Nacional. Se tudo correr bem, contamos iniciar a construção em 2023, que deverá concluir-se três anos depois. A velocidade cruzeiro será atingida três anos após a inauguração", adiantam. "O investimento será de 700 milhões de euros. Mais tarde poderá vir a crescer e chegar ao valor de 1000 milhões de euros. Os investimentos feitos até agora, como a compra do terreno, foram feitos pela Gestão Capital, mas o objetivo é atrair outros investidores. Quando o projeto entrar em velocidade cruzeiro, estimamos atingir os 15 mil empregos, oito mil alunos e 1500 professores. Isso deverá acontecer três anos após a inauguração", é referido.
Google, Facebook e Apple
Indagados acerca da guerra na Ucrânia e dos efeitos na economia, com um eventual reflexo nos planos para o empreendimento em Gaia, afirmam não haver alterações à vista. "O que está a acontecer na Ucrânia é muito perturbador, mas acreditamos que relativamente ao Gaia Infinity Hub não haverá consequências de maior, até porque se trata de um plano de médio e longo prazo. Estamos em crer que temos um projeto vencedor, com oportunidades favoráveis para Portugal e para a Europa", é sublinhado.
Para já, a Gestão Capital faz segredo sobre as empresas que poderão aderir, após terem sido mencionadas marcas como a Google, o Facebook e a Apple, entre outras. "Há vários contactos, alguns bastante adiantados, mas ainda não é o momento de revelar novidades a esse nível", declaram.
Reedição do Marés Vivas?
Prioritária é a ligação às universidades. "Estamos a propor um polo tecnológico como há poucos no Mundo. Fomos buscar inspiração a 14 projetos que identificamos um pouco por todo o globo, sem que isso signifique que o nosso seja igual. O Gaia Infinity Hub será ancorado na academia. Queremos que seja um polo de tecnologia, inovação e educação, que vai juntar o mundo académico ao profissional, com uma forte promoção do empreendedorismo", dizem.
Desocupados, os 20 hectares na Madalena serviram de palco para o festival Marés Vivas. A avaliação da parceria merece nota positiva: "Correu bem. Sobre o regresso do festival ao local no próximo ano, teremos de ver. Se tudo correr bem, contamos iniciar a construção em 2023. Depende da altura em que conseguirmos avançar", sublinham.
Hotel e residências
Hotel e residências para estudantes foram outras das componentes faladas assim que o Gaia Infinity Hub teve divulgação pública. Quanto a esta matéria, sem revelar pormenores, a Gestão Capital diz que "os projetos de arquitetura estão a ser desenvolvidos e serão apresentados assim que estiverem concluídos".
Campismo
Também uma área para campismo, bastante menor comparativamente ao que existia no tempo da Orbitur, foi abordada. No começo deste ano, não foram dadas certezas e passados estes meses ainda não há uma posição definitiva. "Esse é um assunto que ainda não está decidido", dizem os investidores.