O trabalho é minucioso. Pedra a pedra, numa intervenção maioritariamente manual, parte da muralha do "Castelo mais bonito de Portugal", ganha nova robustez em resultado dos trabalhos de consolidação para manter o ex-líbris da Feira de pé, "antes que caísse".
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As palavras são do presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, esta manhã, numa visita às obras de consolidação estrutural e reabilitação da muralha do Castelo da Feira, intervenção que deverá estar concluída em novembro e custará mais de 600 mil euros.
O autarca assegura que se "está a fazer história", na perseveração deste monumento nacional, à guarda da autarquia.
As obras estão focadas na reabilitação das muralhas, voltadas a sudoeste e noroeste, devido a anomalias provocadas por humidades e irregularidades nas fundações. Acresce, ainda, a consolidação das ruínas do Paço.
Emídio Sousa, afirmou, ainda, que, "dentro de um mês ou dois", será dado a conhecer a segunda fase de intervenção para tornar o Castelo "ainda mais bonito e atrativo". "Vamos torna-lo mais visitável, numa experiência única ", adiantou o presidente da autarquia, garantindo que "os feirenses vão ficar satisfeitos", com a intervenção futura prevista.
No decorrer da atual intervenção, segue, em simultâneo, trabalho arqueológico que tem revelado mais alguns "segredos" do Castelo.
Em parte da muralha foi já possível identificar sinais da ocupação do séc. XVII, relacionados com um sistema de moagem e, numa cota inferior, vestígios de construções da ocupação medieval (séc. XII e XIII). As peças resgatadas estão a ser catalogadas e estudadas.
A intervenção global no Castelo e da Feira e zona envolvente deverá ter um custo de quatro milhões de euros.