Fazendo do lema "Antes prevenir que remediar", o Comando Distrital de Proteção Civil (CDOS) de Beja, vai ter amanhã no terreno a operação "Festival Aéreo Base Aérea 11" (FABA11), para apoio ao festival organizado pela Força Aérea Portuguesa (FAP).
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Estão mobilizados meios humanos e materiais das quinze corporações de bombeiros do distrito de Beja, com um dispositivo em dois sectores, o Alfa no interior da BA11 e outro, o Bravo, nos diversos pontos de estacionamento de veículos, uma vez que serão milhares os automóveis e autocarros, tendo em conta as mais de 70.000 pessoas que são aguardadas para presenciar o festival.
Desde ambulâncias, a pesados de combate a incêndio e reabastecimento, de transporte de doentes não urgentes, motos de quatro rodas e outros meios, o CDOS tem preparados 35 veículos e 77 operacionais. "Na nossa memória está o incêndio no Festival Andanças (Castelo de Vide) em 2017 em que 422 veículos foram destruídos pelo fogo. Não queremos voltar a passar por um tormento desse", disse ao JN, Carlos Pica, o CODIS do CDOS de Beja.
No sector Alfa que funciona no interior da BA11 e em apoio aos meios de socorro militares, vão estar 14 operacionais e quatro viaturas de quatro corporações, "sob a coordenação do Chefe de Serviço dos Bombeiros da Base. A nossa missão visa permitir que em caso de qualquer ocorrência, a FAP não perca a sua capacidade operacional", justificou o CODIS.
Sob a coordenação do segundo CODIS, José Horta, o Sector Bravo visando o apio pré-hospitalar e prevenção de incêndios, terá o posto de comando da operação "FABA11" estará instalado no Centro Experimental da Escola Superior Agrária de Beja com acesso direto ao IP2, IP8 e EN 260. Os principais meios de socorro estão posicionados a escassos metros, no Estaleiro da Câmara de Beja, onde estará uma guarnição de 14 homens de 7 corporações, apoiados por 10 viaturas, visando o apoio a qualquer acidente de viação ou incêndios rurais.
Depois em quatro parques de estacionamento, o "Évora" junto ao aeródromo civil no IP2, preparado para receber quatro mil a cinco mil viaturas, o "Lisboa" próximo do Terminal Civil Aeronáutico, com lugar para 2.000 veículos, o "Cidade" no casco urbano de Beja entre o complexo desportivo e o Parque da Cidade e final o "Ovibeja" no estacionamento do Parque de Feiras. "Em todos eles existirão vários operacionais, ambulâncias e meios de combate a incêndio. Estamos mobilizados e preparados para qualquer ocorrência, que desejamos que não aconteça", rematou Carlos Pica.
Patrulhas a cavalo da GNR regressam ao Comando Territorial
Uma década e meia depois as patrulhas a cavalo da Guarda Nacional Republicana (GNR) regressam amanhã ao Comando Territorial de Beja (CTBeja), para o patrulhamento das zonas rurais no acesso à Base Aérea (BA) 11 por causa do Festival Aéreo.
Além desses meios, a GNR vai ter equipas de Todo-o-Terreno, equipas com motas com tração às 4 rodas, reforço nas estradas com a Unidade Nacional de Trânsito (UNT), estando todos os postos territoriais nos concelhos limítrofes ao de Beja, em prontidão operacional.
"Há dois meses que em conjunto com a BA11 e a Câmara Municipal que estamos a preparar toda a operação, por forma a que que todos os que acedem ao festival possam ter uma ajuda essencial. Não vamos permitir abusos fora das áreas permitidas" disse ao JN, o Tenente-coronel Edgar Costa, Chefe das Relações Publicas do CTBeja da GNR.
Os militares do Destacamento de Trânsito de Beja e da UNT estarão em todas as rotundas de acesso à BA11 e ao Terminal Civil Aeronáutico de Beja (TCB) para orientar o tráfego rodoviário e indicar aos condutores os locais de estacionamento.
"As patrulhas a cavalo e as equipas motorizadas 4x4 vão patrulhar as zonas rurais, para evitar qualquer acesso indevido às zonas limítrofes da base, evitando colocar terceiros em insegurança", justificou o oficial.
"Não é permitido o estacionamento fora dos parques criados para o efeito. Nas estradas de servidão militar a tolerância é zero. Na rotunda do IP 8 e até ao Terminal Civil é uma dessas áreas. Também na zona de São Brissos, não é permitido aparcar", revelou o Relações Públicas.
O oficial chamou a atenção para o facto de "no parque "Lisboa" junto ao TCB há 2.000 lugares e junto ao aeródromo, no IP" o parque Évora" terá capacidade para 4 a 5 veículos. Estes são os lugares indicados", concluiu.
Junto a São Brissos, a norte do TCB, local fronteiro para a BA11 e onde as pessoas costumam ocorrer para ver os aviões, "é rigorosamente proibido parar e estacionar. É a zona de segurança para os aviões na eventualidade de qualquer ocorrência", concluiu o Tenente-coronel.