O socialista Marco Martins candidata-se ao terceiro e último mandato, com uma série de projetos ainda por concretizar. Mas também afirma que, "se fosse embora amanhã, ia com a certeza do dever cumprido". E anunciou uma redução da fatura da água no concelho.
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Quais as prioridades para um último mandato?
Várias! Executar a estratégia local de habitação. A seguir a Lisboa e a Gaia, é a estratégia com mais valor: 78 milhões de euros. Ao abrigo do programa "1.º Direito", vamos construir casas com rendas acessíveis e a preços controlados. Outra prioridade é trabalhar para um concelho mais sustentável, com os parques urbanos, continuar projetos como o Parque das Serras, os Moinhos de Jancido, continuar a trabalhar a questão das vias estruturantes e construir a nova ponte Gondomar-Gaia, à cota média, ligando a Estrada D. Miguel à EN222, em Avintes.
A Linha do Souto sempre arranca em 2023?
Depende do ritmo dos concursos, mas o segundo semestre de 2023 é o limite do arranque. A Metro já adjudicou a expropriação geotécnica e o projeto de execução e já foi assumido que há fundos para isso.
Quantos pedidos de habitação social existem?
Temos 1400, mas já tivemos 7000. Claro que não foram todos realojados. Nestes oito anos, realojamos cerca de 450 famílias. Mas muitos desistiram do pedido de habitação social, graças ao programa + Habitação, que além de apoiar o arrendamento também ajudou no pagamento dos empréstimos bancários.
Que obra mais se orgulha de ter concretizado?
A rede de parques urbanos e os passadiços são de facto a mudança que Gondomar precisava. Antes, não havia nada.
Que debilidades este concelho ainda tem?
Ainda tem uma taxa pendular diária significativa.
Ainda é dormitório?
Já não é tanto dormitório. Mas temos grandes motivos para mudar isso: foi assinada a expansão da Universidade do Porto, a revisão do PDM vai triplicar o nível das zonas industriais, e a criação de mil postos de trabalho na área da engenharia informática é uma viragem com a qual queremos atrair muitas mais.
O preço da água vai baixar?
Ao fim de mais de dois anos e meio, conseguimos renegociar o contrato e a fatura vai reduzir-se em breve.
Em relação ao hotel que ia nascer na Ribeira de Abade, houve ou não violação do Plano de Urbanização de S. Cosme e Valbom?
O hotel não foi aprovado por nós, já estava aprovado. Não houve, no nosso entender, essa violação. Mas quem o disse não foi a Câmara, foi a CCDR.
Mas fica triste por ali não ser construído um hotel?
Vejo-me triste por ali, eventualmente, não ser construído um hotel, sim.
O mercado da Areosa continua sem atrair público...
Desde a sua construção que fui contra. Vamos ocupar dois pisos do mercado com uma Escola Profissional e a alteração da rede viária vai dar mais vida a esta zona.
Qual o objetivo para estas eleições?
Vencer a Câmara, a Assembleia Municipal e as sete Juntas.
Perfil
Idade: 42 anos
Profissão: Técnico de administração tributária
Residência: S. Cosme, Gondomar
Família: Casado, com uma filha de oito anos
Exerce funções autárquicas desde os 20 anos. É licenciado em Gestão e tem mestrado em Administração Pública, com especialização em Gestão Autárquica. É presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, vogal do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses, presidente da Assembleia Geral da Lipor e administrador não executivo da Metro.