Teresa D'Avó foi uma das primeiras pessoas a chegar ao Elevador da Glória depois do acidente desta tarde, em Lisboa, cerca das 18 horas. Ao JN refere o "embate muito forte" da cabina de baixo, que estava a pouca distância de terminar o percurso e a outra cabina desgovernada a tombar e a bater, tendo atingido uma homem que estava no passeio.
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"O primeiro alerta foi o da cabina de baixo. Estava a cerca de 1,5 metros de terminar o percurso. Foi um embate muito forte. Havia feridos, estava cheíssimo, ouvi crianças, fomos ajudar as pessoas daqui debaixo e vejo o elétrico lá de cima a vir desenfreado. Começamos a correr e vejo a tombar e bater. Sei que pelo menos mais um homem no momento do embate que estava no passeio", explica, ainda afetada pela tragédia que testemunhou.
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Num primeiro momento, o receio de Teresa, que já morou naquela zona da capital, era que a cabina inferior, presa numa grelha de proteção, resvalasse e atingisse mais alguém, por isso tentou desviar as pessoas que passava e alertou a PSP.
Teresa D'Avó assistiu ao acidente
Enquanto isso, ainda ajudou duas pessoas, que se queixavam de dores nas pernas. Numa altura em que ainda não se conhecia a dimensão da tragédia, que matou, pelo menos 15 pessoas, Teresa descrevia o fumo e o estado de destruição da cabina que estava na parte de cima da rua. "Catástrofe maior seria se o elétrico de cima embatesse no debaixo", explica, sobre o receio que de ser atingida pelas cabinas. Sobre o socorro, Teresa refere a chegada muito rápida dos meios do INEM.
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