Oficialmente designado como Ascensor da Glória, o sistema de duas cabinas amarelas da Carris que fazem a ligação entre a Praça dos Restauradores e a zona do Bairro Alto, em Lisboa, foi inaugurado em 1885, pela mão do engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard, discípulo de Eiffel.
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Inicialmente, o sistema era constituído por cremalheira (com sistema de rodas dentadas) e cabo, com um contrapeso de água a equilibrar o sistema. Mais tarde, passou a mover-se a vapor e, em 1915, a eletricidade, tal como ocorre atualmente. Tem capacidade para 22 pessoas sentadas e 20 em pé em cada uma das duas cabinas ligadas por um cabo e é um dos três em funcionamento atualmente em Lisboa, ao par do da Bica e do do Lavra.
O sistema de funicular faz um percurso de 275 metros, com uma inclinação de 18%, pela Calçada da Glória, que lhe dá o nome, cruzando-se os veículos em todas as viagens a meio do percurso que dura cerca de dois minutos.
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É atualmente um dos pontos mais visitados por turistas em Lisboa, pelo pitoresco da viagem num veículo antigo, mas também pela questão prática da ligação dos Restauradores ao Miradouro de São Pedro de Alcântara. "É a melhor maneira de subir da Baixa para o Bairro Alto para chegar ao topo sem precisar de descansar", explica aos turistas o site "Visit Lisboa".
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O descarrilamento do Elevador da Glória, às 18.04 horas desta quarta-feira, em Lisboa, provocou 15 mortos, segundo o INEM. Em declarações aos jornalistas no local, Tiago Augusto, responsável da Unidade de Planeamento de Eventos, Protocolo de Estado e Gestão de Crises (UPPEC) do INEM disse que o acidente fez ainda 18 feridos, dos quais cinco em estado grave e 13 ligeiros, incluindo uma criança.Os feridos foram transportados para os hospitais de Santa Maria, São José e São Francisco Xavier, e também para Cascais e Amadora, adiantou o responsável do INEM.