Estarreja, Ovar, Mealhada, Figueira da Foz e Torres Vedras não irão realizar os corsos carnavalescos em 2021.
Corpo do artigo
A Rede de Cidades de Carnaval da Região Centro considera que "não há condições" para avançar com o Carnaval 2021 nos moldes habituais pretendendo, no entanto, assinalar o evento com outro tipo de iniciativas ainda a definir.
Reunidos esta quarta-feira, na Escola de Artes e Ofícios de Ovar, os representantes da Rede de Cidades de Carnaval da Região, Estarreja, Ovar, Mealhada, Figueira da Foz e Torres Vedras, consideram que, com base nos dados atualmente disponíveis, "não há condições para realizar o Carnaval 2021 nos moldes habituais, nomeadamente os corsos carnavalescos".
Contundo, salvaguardam que "todos os Carnavais pretendem realizar iniciativas para assinalar o evento", mas continuam a aguardar por uma resposta da Direção-Geral da Saúde (DGS) ao pedido de reunião.
Dizem que querem dar a conhecer as especificidades deste tipo de evento e "avaliar o enquadramento das atividades que poderão ter lugar no âmbito do Carnaval, no atual contexto pandémico".
"Neste sentido, foi decidido insistir com a DGS para a realização da reunião, para que os Carnavais se possam organizar e planear as iniciativas possíveis para assinalar a época carnavalesca de 2021", explicou a Rede de Cidades de Carnaval da Região Centro.
Foi, ainda, decidido trabalhar na dinamização conjunta de uma iniciativa carnavalesca que envolva os cinco carnavais e promova os respetivos territórios.
Em Ovar queremos continuar a ser um exemplo e a saúde pública está em primeiro lugar
Ao JN, o presidente da Câmara de Ovar, entidade que organiza o Carnaval neste concelho, explicou que o evento "obriga a que os nossos grupos e escolas de samba trabalhem com cerca de meio ano de antecedência".
Tarefa que não será exequível "perante o presente clima de incerteza nesta situação de pandemia", disse Salvador Malheiro.
O autarca refere que, por isso, "os nossos desfiles e a noite mágica não vão ser organizados nos moldes habituais, para evitar aglomeração de pessoas". "Em Ovar queremos continuar a ser um exemplo e a saúde pública está em primeiro lugar", disse.
"Há mais de um mês que solicitámos um parecer a DGS no sentido de explicarmos o que está em causa e que tipo de atividades podemos fazer sem colocar em cais a saúde pública", lamentou.
A Rede de Cidades de Carnaval resulta da assinatura, a 30 de novembro de 2017, de um memorando de entendimento entre os cinco municípios tendo como pressupostos a importância da cooperação intermunicipal.
Esta união pretende enaltecer a relevância destes eventos para a "atratividade e posicionamento dos produtos e dos territórios, o caráter único, singular e original de cada Carnaval, bem como a oportunidade para a implementação de um produto turístico integrado e para a captação de financiamentos".