A Associação de Pais e Encarregados de Educação Vieira de Araújo, em Vieira do Minho, decidiu encerrar na quinta-feira de manhã aquele estabelecimento de ensino, como forma de protesto pelo impasse sobre o início das obras de requalificação aguardado há vários anos.
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"Em reunião promovida pela Associação de Pais, foi decidido unanimemente encerrar a escola, como forma de protesto e tentativa de persuasão junto do Governo para que seja desbloqueado o montante necessário e suficiente para a realização da obra, uma posição assumida pelos encarregados de educação que vai ao encontro da linha de atuação do Executivo Municipal", afirmou esta terça-feira o Município de Vieira do Minho.
O protesto partiu daquela estrutura escolar, mas a Câmara Municipal de Vieira do Minho já se mostrou solidária com a iniciativa, disse o presidente da autarquia, António Cardoso, que divulgou esta terça-feira um comunicado contestando a posição do Partido Socialista.
Segundo recordou António Cardoso, foram abertos três concursos para a obra, todos pelo preço-base de 2.75 milhões de euros, tendo os dois primeiros ficado desertos, enquanto o terceiro "não tinha as condições necessárias para começar os trabalhos de requalificação".
De acordo com o autarca social-democrata, só subindo o preço-base em cerca de 300 mil euros "podem surgir então candidatos em para realizarem aquela obra pública", destacando "ser importante e necessário que o projeto não perca qualidade e que não se avance para uma intervenção faz de conta", considerando que "se há dinheiro para escolas em outras localidades, também tem de haver condições para obras em Vieira do Minho".
"A não adjudicação da obra deve-se à inflação de preços por parte dos construtores que concorrem a estes concursos públicos, à semelhança do que está a acontecer em muitos estabelecimentos de ensino do país, na mesma situação", como refere a câmara vieirense.
"A Câmara Municipal de Vieira do Minho, apesar de não qualquer responsabilidade na obra, já vai entrar com 225 mil euros", acrescentou António Cardoso, explicando que o empreendimento será comparticipado em 75 por cento graças aos fundos comunitários, assumindo o Governo e a autarquia a parte restante, em partes iguais, conforme acordado.
"Este Executivo lamenta que o Partido Socialista local esteja mais interessado em fazer política nacional e em defender os interesses do seu partido, em detrimento dos interesses da própria comunidade escolar e da dos vieirenses demonstrando, mais uma vez a sua irresponsabilidade", acrescenta a Câmara Municipal de Vieira do Minho em comunicado.