A Câmara de Paredes de Coura disse esta segunda-feira que vai usar o crescimento das exportações, " o maior da região Norte", para reclamar a ligação do concelho autoestrada A3, que liga o Porto à fronteira com Galiza (em Valença).
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"Esta reivindicação, unanimemente, feita em 2013 pelos empresários instalados no concelho ao ministro da Economia, tem sido intensificada pela autarquia que vê agora reforçados os argumentos para garantir os escassos dez milhões de euros necessários para garantir aquela ligação", afirmou hoje o município numa nota enviada à imprensa.
Em causa está a criação de um acesso rodoviário, com cerca de cinco quilómetros de extensão para ligar o parque empresarial de Formariz à A3, (nó de Sapardos - Vila Nova de Cerveira).
A autarquia liderada pelo socialista Vítor Paulo Pereira reforçou que "o concelho de Paredes de Coura continua a ser o único do Alto Minho a não dispor de ligação rodoviária entre as zonas industriais e aquela autoestrada".
Os dados evocados pela Câmara para sustentar aquela reivindicação constam do relatório "Norte Conjuntura", da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
A Câmara de Paredes de Coura disse que o documento atribuiu ao concelho do distrito Viana do Castelo "um crescimento de 700% de bens produzidos para exportação, apresentando, em 2015, "um volume sete vezes superior ao de 2013 e o maior crescimento registado nos 85 concelhos do norte.
"Em 2013, a Paredes de Coura teve um volume de exportações de mais de 6, 8 milhões de euros, tendo ascendido 48,4 milhões de euros, em 2015", referiu
Para aquela autarquia e "considerando o total global do volume de exportação, o concelho foi catapultado para o 'top' dos concelhos mais exportadores do Norte, particularmente relevante na exportação de produtos para o setor automóvel", sem contar com "o volume de exportação do calçado produzido pelo grupo Kyaia - maior empregador do concelho - que, não obstante lá ter implantada a sua maior força produtiva, tem a sede fora de Paredes de Coura".
O relatório "Norte Conjuntura" da CCDR-N reúne e analisa, desde 2006, a informação disponível mais relevante com vista à identificação das tendências que marcam a evolução económica da Região Norte no contexto nacional.
"De acordo com uma nota da CCDR-N, divulgada em novembro de 2016 e elaborada com base neste documento, a região Norte foi o principal motor de crescimento da produtividade no país durante o período de recuperação económica dado que, entre 2012 e 2015, a produtividade na região cresceu 8,0%, bem acima da média nacional (5,2%) e da NUTS II de Lisboa (1,8%) ", explicou o município.
Para o presidente da Câmara, citado naquela nota, os dados relativos ao concelho "mostram que a aposta na captação de investimento foi acertada e, sobretudo, que as pessoas e as empresas se esforçam e reinventam diariamente para fazer da sua fragilidade fortaleza".