Autocarros atrasados, serviços por cumprir, estudantes e trabalhadores em desespero para chegar a horas à escola e ao emprego. Os passageiros de Paredes da Unir, a nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto, denunciam vários problemas na operação e vão manifestar-se neste sábado.
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O protesto está marcado para as 10 horas de sábado, no Parque José Guilherme, em frente à Câmara de Paredes, e decorrerá sob o mote “Caos na rede”.
Num manifesto enviado ao JN, os Lesados da Unir em Paredes denunciam que, desde 1 de dezembro, quando começou a operação da Unir, a instabilidade faz parte do quotidiano de quem precisa dos autocarros. E se chegar à escola ou ao emprego a horas é um tormento, “no final do dia, ao voltar para casa, acontece o mesmo”.
“Há mais de um mês que o autocarro que nos transportava para os nossos trabalhos às 6 da manhã deixou de existir e já só passa às 7.20, o que não nos permite chegar ao trabalho às 8, como habitualmente. Nós queremos transportes que nos permitam chegar a tempo ao trabalho, ao politécnico e ao hospital! Nós queremos autocarros em serviço e com as frequências que a população necessita. Quem entra às 7 ou 8 da manhã no Porto não se pode dar ao luxo de sair às 7.20 de Baltar. Vivemos do nosso trabalho e do transporte que nos garante que podemos trabalhar”, sustentam os contestatários.
No manifesto, são apontadas críticas à Área Metropolitana do Porto e à Câmara de Paredes, exigindo-se uma intervenção para que a empresa concessionária preste um serviço adequado às necessidades da população.
“Já estamos nisto há mais de mês e meio, dependemos de boleias e da assistência de vizinhos para nos transportarem e para chegarmos a horas ao trabalho e achamos isto inadmissível. O direito ao transporte, à mobilidade e ao trabalho estão profundamente em causa e ninguém parece querer saber”, acrescenta o manifesto.