<p>A Linha do Vouga vai ter, até 2010, menos oito passagens de nível e a reclassificação de 20 (19 serão automatizadas), de acordo com um protocolo assinado, esta quarta-feira, entre a Câmara de Águeda, REFER e o Ministério das Obras Públicas.</p>
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O investimento é superior a 2,3 milhões de euros e será repartido entre a REFER e o município de Águeda. Alberto Ribeiro, administrador da REFER, afirma que "com a concretização deste investimento, contribuir-se-á decisivamente para a melhoria das condições de segurança da população no atravessamento da via férrea, objectivo central da REFER e do município de Águeda".
Com esta redução de passagens de nível, a REFER pretende diminuir em 70% o número de acidentes, até ao final de 2011.
A Linha do Vouga, em toda a sua extensão (96km), tem 156 passagens de nível, o que corresponde a uma densidade de 1,63 passagens de nível por quilómetros. Essa densidade, no concelho de Águeda, baixa para uma passagem de nível por cada 750 metros, numa extensão de 24 quilómetros.
Gil Nadais, presidente da Câmara, relembra que a assinatura do protocolo representa três anos de intensas negociações em que "ambas as partes procuraram a melhor solução para o concelho".
"É uma necessidade suprimir algumas das passagens de nível, mas é óbvio que não podemos ter uma redução completa, já que existe uma de 750 em 750 metros".
Para a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, "as passagens de nível constituem-se como uma das componentes mais perturbadoras do sistema de exploração ferroviária, sendo também pontos de conflito geradores de permanente insegurança".
Ana Paula Vitorino disse estar convicta de que "a concretização das acções estabelecidas no protocolo permitirá a redução do risco dos actuais atravessamentos, contribuindo-se assim para um efectivo reforço da segurança e melhoria da mobilidade de todos os que no concelho de Águeda têm que atravessar a linha férrea".
À tarde, a governante esteve em Ovar, onde inaugurou duas passagens desniveladas, em Cortegaça e Maceda, e anunciou que o Governo não esqueceu a nova estação de Ovar, simplesmente, "o projecto vai ser repensado" devido à crise que o país atravessa.