O PCP de Famalicão considera que compete ao Governo "criar condições" para que o investimento na maternidade do Centro Hospitalar do Médio Ave seja feito.
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A maternidade, localizada no concelho famalicense, vai manter-se aberta mas está obrigada a investir em infraestruturas e a reforçar os profissionais.
Ainda assim, o PCP considera que "não é aceitável que o funcionamento da maternidade fique apenas assumido por um prazo de um ano, ficando a depender de investimentos em instalações e profissionais". Acrescenta ainda que, se o reforço de meios é necessário, "então o Governo que proceda em conformidade ao invés de aligeirar responsabilidades".
Por isso, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República já pediu a presença do Ministro da Saúde e do Diretor Executivo na Comissão Parlamentar de Saúde.
O administrador do Centro Hospitalar do Médio Ave já veio a público assegurar que estão a ser preparadas candidaturas à linha de financiamento de 10 milhões de euros que abriu para a requalificação de maternidades em 2023.
A maternidade dá resposta a 250 mil habitantes de Famalicão, Santo Tirso e Trofa, cujos presidentes de Câmara já se regozijaram com a decisão de manter o serviço aberto. Da mesma forma reagiu o CDS/PP de Famalicão, que garantiu que vai manter-se "atento" no sentido de verificar que as necessidades registadas sejam "colmatadas com investimento do Governo".
Em 2022, o Centro Hospitalar do Médio Ave registou 1175 nascimentos, mais 17% do que no ano anterior. Cerca de 20% das grávidas que acorrem a esta maternidade são de fora da sua área de residência.