O PCP questionou a ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, sobre o despedimento dos 16 trabalhadores do café Embaixador, no Porto, que fechou portas definitivamente no passado dia 9, na sequência de uma ação de despejo do senhorio do edifício, situado na Rua de Sampaio Bruno.
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Em causa está a legalidade do despedimento dos funcionários sem o pagamento de indemnizações, conforme foi denunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
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"Que avaliação foi feita, nomeadamente pela Autoridade para as Condições de Trabalho, acerca da legalidade do procedimento da entidade patronal e da proteção dos direitos dos trabalhadores?", questiona-se no requerimento do PCP, assinado pelo deputado Alfredo Maia. "Que medidas vai o Governo tomar para assegurar o efetivo cumprimento da lei em vigor, com urgência, garantindo o pagamento das indemnizações a que os trabalhadores têm direito?", pergunta, ainda, o parlamentar.
Segundo o sindicato, numa reunião com os serviços do Ministério do Trabalho, no Porto, os proprietários do café alegaram falta de dinheiro para o pagamento das indemnizações.
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Recorde-se que, depois do Embaixador, também o café Capitólio, junto à Câmara do Porto, foi despejado pelo senhorio e fechou portas nesta semana, pondo fim a uma história de 80 anos. E também o café Vitória, mais recente (tinha 11 anos), mas que já tinha ganho reputação sobretudo entre jovens e estudantes anunciou o encerramento definitivo.