O candidato à Câmara do Porto da coligação "O Porto Somos Nós" (PSD/CDS/IL), Pedro Duarte, garante que, se ganhar as eleições autárquicas, não fará um acordo de governação com o Chega nem entregará qualquer pelouro a eleitos daquele partido.
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"Da minha parte, não haverá lugar para entendimentos governativos com o partido Chega, nem entrega de pelouros a futuros vereadores do Chega", assegura Pedro Duarte, depois de ter sido acusado de estar recetivo a um acordo com o partido de André Ventura por ter dito, numa recente entrevista ao Observador, que "em autárquicas não faz sentido linhas vermelhas".
Numa publicação nas redes sociais, o candidato à Câmara do Porto pela coligação "O Porto Somos Nós" (PSD/CDS/IL) reafirma que, "de facto, não faz" sentido falar "em linhas vermelhas com forças partidárias". E explica, insistindo no que disse, em entrevista ao JN/TSF de 7 de julho: "Nas autarquias não há 'geringonças'. Um presidente de câmara tem de ter a humildade e a responsabilidade de saber dialogar com todos os que foram eleitos por quem vota na sua cidade. E a capacidade de diálogo é uma qualidade pela qual sempre pautei a minha vida profissional, em qualquer cargo que ocupei".
Por isso, defende que não se pode ignorar "aqueles que são eleitos pelos votos dos cidadãos": "Tudo o que forem propostas dignas, em nome da melhoria da qualidade de vida dos portuenses, seja à esquerda ou à direita, e dentro dos valores que defendemos, serão bem-vindas". "Acredito que a democracia se constrói com diálogo, e é isso que prometerei sempre fazer", conclui Pedro Duarte, deixando claro que apenas irá dialogar com todos os eleitos, caso a caso, face a propostas concretas e não fará acordos pós-eleitorais com o Chega para conseguir uma maioria absoluta.