O secretário-geral do PS acusou, este domingo, André Ventura de "total insensibilidade" e "empatia" com a mãe das gémeas luso-brasileiras tratatas no SNS com o medicamento mais caro do mundo. No Porto, Pedro Nuno Santos atirou que o disurso de aliança do PS com o Chega é "um absurdo".
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O cumprimento entre os presidentes da câmara do Porto e de Gaia, na ponte Luís I, já é tradição, mas este ano contou com a presença de Pedro Nuno Santos que não tardou a criticar o Governo da AD e o Chega. Ainda bebeu um brinde de honra com os autarcas e distribuiu marteladas pela ribeira. Rodeado por um mar de gente, o socialista reconheceu que é "um dia muito importante e de grande celebração para a gente destas terras" e até concordou com o presidente da Cãmara do Porto quando disse que a região também merecia "ser capital por um dia".
Questionado se fazia um brinde com André Ventura e Luís Montenegro, o socialista foi perentório: "Com André Ventura não fazia de certeza, o Chega represnta tudo aquilo que combatemos na sociedade", acusando o partido de extrema-direita de tratar "uma mulher que fez aquilo que qualquer mãe faria em Portugal para defender os seus filhos", referindo-se à audição das gémeas luso-brasileiras na comissão de inquérito parlamentar ao caso.
"Temos que ter capacidade para fazer a avaliação daquilo que correu mal do ponto de vista da intervenção política, daquilo que é ação de uma mãe que faz o que está ao seu alcance para defender os seus filhos e as suas filhas", acrecentou.
Erapidamente virou a agulha para a política nacional. Questionado sobre as declarações de Luís Montenegro sobre a aliança entre o PS e o Chega, o socialista disse que eram "um absurdo". "O PS conseguiu aprovar no Parlamento medidas importantes para o povo português, como o fim das exscut para o interior, como o aumento das deduções da despesa das rendas em sede de IRS. É isso que nos move", referiu.
Pedro Nuno Santos acusou também o primeiro-ministro de "fazer de conta" que quer negociar com os partidos. "O PS tem sido ignorado naquilo que o Governo tem apresentado. O Parlamento todo tem sido ignorado naquilo que tem sido a intervenção do Governo", realçando que o partido apenas está disponíbel para "dar a mão ao país".
Já sobre as medidas para a Justiça, recentemente anunciadas pelo Executivo, o secretário-geral do PS disse que essas propostas só foram elogiadas pelo Chega, vincando que "é mesmo o partido do qual o PS está mais distante".