Os acessos à praia foram cortados pelas forças de segurança com recurso a grades, mas nos passadiços de Esmoriz, praia de Ovar, nesta manhã de domingo soalheiro, foram destruídas as fitas que impediam a passagem. Há gente a passear-se e a andar de bicicleta. Apesar disto, a população de Ovar cumpriu o que lhe foi pedido durante o período em que esteve montada a cerca sanitária.
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No sábado foi levantada a cerca em Ovar, mas a circulação na via pública continua limitada e nem o reforço das forças de segurança anunciado ontem pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, parece estar a ter resultado.
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Depois de uma quarentena geográfica de um mês, os ovarenses respiraram de alívio e não esperaram mais para sair à rua. Nas praias, hoje há passeios a pé, de bicicleta, e até há gente na areia. Os avisos de que as restrições de circulação dentro do concelho se mantinham não foram ouvidos.
No sábado, o ministro da Administração Interna explicava que apesar de a cerca - que estava montada desde 18 de março - ter sido levantada, a circulação para fora e para dentro do concelho, e mesmo nas ruas de Ovar, "não pode ser por qualquer razão, só é admitida para trabalhar, aceder a bens essenciais ou saúde". "A população deve continuar em casa", apelou.
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Eduardo Cabrita garantiu também que hoje haveria reforço dos meios policiais e que a monitorização seria muito intensa. Mas o alargamento das medidas de fiscalização não parece estar a surtir efeito. Principalmente com uma manhã de sol, que levou dezenas a caminhadas pela marginal de Esmoriz.
"Apesar de termos vencido esta primeira fase, temos uma responsabilidade acrescida nos dias que aí vêm. Tem de haver consciência disso por todos os que moram no município", sublinhou ontem o autarca Salvador Malheiro.
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