O incêndio de Ponte da Barca continua ativo ao fim de sete dias a lavrar ininterruptamente, mas são de esperar "boas notícias nas próximas horas".
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Foi o que disse este sábado de manhã o comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Eliseo de Oliveira, numa declaração aos meios de comunicação social que se encontram no terreno. No teatro de operações, estão 610 operacionais apoiados com 200 veículos e quatro meios aéreos, a combater os "vários pontos quentes" que ainda preocupam.
"Mantemos o incendio ativo. Foi uma noite com muito trabalho, principalmente pelas equipas apeadas das várias entidades, que percorreram quilómetros com ferramentas, fazendo um trabalho muito importante que é, em ambiente de montanha, separar o queimado do que está verde", descreveu o comandante Eliseo de Oliveira, referindo que esse trabalho se "irá manter ao longo de todos a manhã" e permitirá ter "uma linha diferenciada para evitar qualquer reativação".
Foto: Rui Manuel Fonseca
"Os trabalhos estão a decorrer favoravelmente e, neste momento, já temos meios aéreos a operar, bem como máquinas de arrasto. Acreditamos que, se tudo correr como tem estado a decorrer até agora, nas próximas horas teremos boas notícias", acrescentou.
Vento é o principal inimigo
"A temperatura não é o nosso principal inimigo, é o vento. E com a entrada de vento no início da tarde, tivemos aqui algumas situações mais complicadas, mas estamos a dar todos o nosso melhor para resolver isto com a maior rapidez possível", acrescentou o responsável num novo balanço ao início da tarde.
Sobre o alerta deixado pelo Governo, que declarou situação de alerta entre domingo e quinta-feira, apelou ao cumprimento das "recomendações de as pessoas não utilizarem o fogo, não circularem nas áreas proibidas, não utilizarem ferramentas agrícolas e não circularem nos espaços florestais".
O incêndio em Ponte da Barca, dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), começou no sábado, 26 de julho, pouco antes das 22 horas, e já ameaçou aglomerados populacionais, alguns dos quais tiveram de ser evacuados, mais do que uma vez.
Ameaçada há vários dias, está também a Mata do Cabril, reserva integral do PNPG, mas até agora continua salvaguardada. "Continua verde. Estável, no seu local, sem problema nenhum", garantiu o comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que está agora a comandar as operações.
A zona atingida pelo fogo está este sábado mais livre de fumo e já se respira, mas as autoridades ainda não dão nada por garantido.
"A quantidade de pontos quentes existentes ainda não nos dá a garantia de que o incêndio não vai sair do perímetro já atingido. Quer isto dizer que, quando tivermos a garantia de que o incêndio não passará para novas áreas, aí daremos o incêndio como dominado", indicou.