A obra para a construção do último troço da variante à EN14, onde está incluída a nova travessia sobre o rio Ave poderá ir para o terreno no próximo ano.
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A expectativa é do presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, que na terça-feira assinou, em Famalicão, um protocolo com a Câmara Municipal que permitirá o avanço da obra. O acordo, tal como o JN já noticiou, prevê que a Autarquia trate dois afluentes do Ave, as ribeiras de Ferreiros e Penouços, na zona de Lousado.
O tratamento das duas ribeiras foram condicionantes impostos pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para dar parecer favorável ao projeto.
O acordo "vai permitir fechar o ultimo troço [da variante à EN14] que temos em fase de conclusão de projeto, e esta componente que está abrangida por este protocolo é indispensável para que possa ir para a APA e ter declaração de conformidade ambiental", de modo a que a obra possa ser lançada, adiantou António Laranjo.
O responsável diz que o objetivo é que a empreitada vá para o terreno ainda em 2021. A "muito curto prazo", o IP vai enviar o projeto à APA com a resolução das questões levantadas, e a agência terá 50 dias para se pronunciar. "Esperemos que até ao final do ano estejamos em condições de fechar o processo com toda a questão ambiental resolvida, lançando a obra de imediato, ainda em 2021", adiantou.
Um prazo que Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, considera difícil de cumprir atendendo aos prazos, nomeadamente do concurso público. O autarca acredita que o concurso seja desenvolvido no próximo ano, mas acha "pouco provável" que haja "máquinas no terreno".
Paulo Cunha considerou a assinatura do protocolo um "passo importante", não só para o avanço da variante mas também por causa da renaturalização das ribeiras, e pela possibilidade de expansão da Continental. A empresa não podia expandir enquanto os terrenos que estão em leito de cheia não fossem libertados, o que acontecerá com esta intervenção.