<p>O presidente da Câmara de Estarreja voltou, ontem, sexta-feira, ão" às portagens, durante a cerimónia que assinalou a abertura ao trânsito do lanço entre Estarreja e Angeja da A 29, presidida pelo ministro Mário Lino. </p>
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"Nota-se já uma redução de pesados na EN 109 e não permitiremos que os camiões voltem", disse José Eduardo de Matos, presidente da autarquia de Estarreja perante o ministro Mário Lino para justificar mais uma vez o "não" às portagens na A29, cujo ultimo lanço entre Estarreja e Angeja abriu agora ao trânsito.
"A A29 é a alternativa à Nacional 109 se não for portajada, é uma questão de elementar bom-senso", diria o autarca de Estarreja aos jornalistas.
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que estava acompanhado do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, não respondeu directamente ao autarca, mas mais tarde diria aos jornalistas que a "política está definida pelo Governo, o processo está a seguir a sua tramitação e, logo a seguir à tomada de posse do novo governo, está em condições de ser fechado".
A não introdução de portagens na A 29 ou noutras auto-estradas está fora de causa pelo ministro Mário Lino, que disse aos jornalistas que os autarcas serão chamados para serem negociadas áreas de isenção.
O presidente da Câmara de Estarreja, Eduardo Matos, aproveitou a presença do titular da pasta das Obras Públicas para chamar a atenção para os constrangimentos que o município já está a viver com a definição dos corredores para o TGV.
O lanço entre Estarreja e Angeja agora aberto ao trânsito permite concluir, onze anos depois de ter sido lançada a concessão Costa de Prata, desde Coimbrões (Gaia) até Mira, num total de 93 quilómetros, a que corresponde um investimento global de 300 milhões de euros.
Mário Lino disse que o lanço Estarreja-Angeja "foi o nó mais difícil que foi herdado do governo anterior", com um traçado proposto que "era totalmente desaconselhável de construir e improvável em termos financeiros".
"Encontrámos uma solução melhor que é reconhecida por todos os autarcas e que permitiu poupar, em relação à proposta anterior, 311 milhões de euros", disse o ministro das Obras Públicas, que participou ainda na cerimónia de contratação da obra de beneficiação da EN 109-5 entre Estarreja e a Ponta da Varela (Murtosa), investimento de 3,8 milhões de euros que terá uma extensão de cerca de 10 quilómetros e que foi adjudicada ao consórcio Conduril/Carlos Pinho.
Segundo Rui Guimarães, do grupo Aeonor, na construção do lanço Estarreja-Angeja estiveram envolvidos cerca de mil trabalhadores.