O empresário Agostinho Ferreira Barrias, conhecido por ser o proprietário dos históricos cafés portuenses Majestic e Guarany, morreu, na quinta-feira, aos 85 anos. A cerimónia fúnebre está marcada para segunda-feira, à tarde, na igreja das Antas.
Corpo do artigo
Ficará para a história como uma figura da cidade do Porto. Foi um homem de negócios. Privou com muitas figuras públicas nacionais e internacionais.
Emigrou para o Brasil aos 19 anos, onde conheceu a mulher, e foi no país irmão que começou a dedicar-se ao setor da restauração. De regresso a Portugal, foi adquirindo cafés: a série teve início no Ofir, no Covelo, e teve continuidade nos Cenáculo, Imperador e Padrão.
Na década de 80 fez duas aquisições de grande significado: o Guarany (1982), na Avenida dos Aliados, e o Majestic (1983), na Rua de Santa Catarina. Em ambos os casos, os espaços estavam em risco de se transformarem em agências bancárias. Além de descortinar uma oportunidade de negócio, considerava tratar-se de um atentado ao património, caso nada fosse feito.
Os dois estabelecimentos fizeram o seu caminho até hoje, e com o êxito conhecido, sobretudo o Majestic, a jóia da coroa, com lugar conquistado nos melhores roteiros internacionais e sempre concorrido. Em dezembro passado, fez 100 anos.
Também na década de 80, o grupo Barrias alargou os negócios aos hotéis. Tem unidades no centro da cidade e prepara-se para abrir no verão o Aliados Plaza, um cinco estrelas.
Agostinho Barrias, que desde há uns anos deixou de estar no ativo por razões de saúde, ainda conheceu o Plaza, que se apresta para ser inaugurado. A gestão do grupo está nas mãos dos filhos: dois homens e uma mulher.
A cerimónia fúnebre está marcada para segunda-feira, às 15 horas, na igreja das Antas, e o funeral será no cemitério da Lapa. O velório também decorrerá na igreja das Antas. Sábado, entre as 18 e as 23 horas. No domingo, até às 21 horas.