Oposição denuncia pequenas porções servidas aos alunos nas cantinas do concelho. Câmara diz que se trata de situação pontual.
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Uma refeição servida no Centro Escolar de São João de Ver, Santa Maria da Feira, levantou um coro de protestos com os partidos da Oposição a exigirem maior fiscalização nas refeições escolares. A Câmara Municipal garante que há "um controlo rigoroso" das refeições em causa.
Uma foto contendo uma refeição alegadamente servida no Centro Escolar de São João de Ver, com uma quantidade diminuta de alimento e de qualidade questionável, originou indignação generalizada. O assunto foi abordado na última reunião de Câmara, pelo vereador socialista, Délio Carquejo. "Esta situação a que assistimos não pode acontecer. Que fiscalização está a ocorrer", questionou.
O autarca garantiu que a foto agora divulgada publicamente "é um exemplo" existindo mais casos. "Gostaríamos que existisse controlo nas cantinas, que esse controlo se faça cumprir e que a empresa melhore significativamente a oferta em termos de qualidade", referiu.
Proibido repetir
Na resposta, a vereadora da Educação, Cristina Tenreiro, admitiu que, em 3500 refeições que são servidas diariamente, possa existir algum problema pontual.
Contudo, "quando há alguma situação é dever dos responsáveis sinalizar", explicou. "Não tivemos nenhuma reclamação e um professor confirmou que a refeição estava boa e em quantidades devidas", esclareceu.
Cristina Tenreiro pediu para que "não haja aproveitamento políticos com as refeições escolares", considerando que as denúncias nas redes sociais, como aconteceu recentemente, causam pânico e ansiedade. "Estamos atentos. Fazemos um acompanhamento muito presente às empresas que nos fornecem as refeições", reiterou.
Já depois da reunião do Executivo, o Bloco de Esquerda considerou, em comunicado, que as referidas refeições "são em pequenas quantidades e de qualidade questionável".
"Ao longo dos vários anos o Bloco tem alertado para a deterioração da qualidade da comida quando este serviço é concessionado a quem tem como objetivo apenas, e só, o lucro", afirma o partido.
"Ouvimos relatos da comida das empresas ser de má qualidade, em pequenas porções e, muitas vezes, da existência da proibição de repetir o prato, uma vez que está tudo contado para maximizar o lucro", refere o BE, no mesmo comunicado.