A Câmara da Póvoa de Varzim aprovou, com os votos contra do PS, o Orçamento Municipal para 2023. São 70 mil euros (mais 26% do que em 2022).
Corpo do artigo
A Póvoa Arena, a requalificação das EB1 da Giesteira e dos Sininhos, as obras nos bairros sociais de Amorim e Aver-o-Mar, os 150 fogos para venda a custos controlados, os centros ocupacionais de Laundos e da Estela e requalificação do antigo campo de futebol de Aver-o-Mar são os principais investimentos. O PS votou contra. Tinha "prioridades diferentes" e não viu acolhidas as suas sugestões.
"Este é um orçamento que dá resposta às crises, sem se esquecer de criar condições e esperança para continuarmos a investir no futuro", afirmou o presidente, lembrando que este é "um dos maiores orçamentos de sempre" do concelho. Aires Pereira diz que o aumento da receita é, em grande parte, fruto da transferência de competências, que resultará num acrescimento de 7,7 milhões de euros vindos do Orçamento de Estado.
Com a crise à porta, a Póvoa vai manter a sua política fiscal e, pelo décimo ano consecutivo, mantém o IMI no mínimo (0,3%), não cobra derrama e devolve aos poveiros 1% do IRS.
Do lado da oposição, o PS votou contra. Os socialistas queixam-se de ter enviado sugestões ao documento, mas "poucas destas medidas foram acolhidas". Alterações à Póvoa Arena, apoios às famílias e habitação, mobilidade sustentável e transportes, eficiência energética e redução da fatura da água não foram acolhidas pela maioria PSD, que, diz João Trocado, não teve sequer vontade de reunir com os socialistas para "tentar concertar um orçamento que pudesse ser aprovado por unanimidade". Aires Pereira tem outra visão: diz que as propostas de PS e BE foram submetidas à votação e que, "inexplicavelmente", o PS recusou votar, quer a do Bloco, quer a sua própria proposta.