<p>Intervenção do INAG na praia da Barra arrancou esta quinta-feira e vai prolongar-se por três semanas. Areias estão a ser retiradas do mar e recolocadas na zona que foi atingida pela erosão costeira. Operação vai custar 60 mil euros. </p>
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Uma semana depois do primeiro alerta, o Instituto da Água (INAG) colocou no terrenos os meios necessários para resolver a situação de erosão costeira que se verificou na praia da Barra nas últimas semanas.
A solução encontrada irá custar 60 mil euros e passa pela colocação de 50 mil metros cúbicos de areia que estão a ser retirados do mar, através do sistema de ripagem. São cerca de 200 metros de areal que foi destruído, ao que tudo indica, pela agitação marítima, conjugada com fortes ondulações e vento de sudoeste.
"Trata-se de uma intervenção muito pontual neste troço costeiro, onde se irão movimentar cerca de 50 mil metros cúbicos de areia, tendo em vista minimizar os ataques do mar a este troço", disse Orlando Borges, presidente do INAG, prevendo que a intervenção esteja concluída dentro de "duas ou três semanas".
Esta é, para já, a única intervenção prevista, mas Orlando Borges alertou para o facto de se ter em conta as obras previstas para o Porto de Aveiro, falando, em particular, do prolongamento do molhe norte em 200 metros. "É preciso haver uma articulação com as intervenções no Porto de Aveiro e a necessidade do reforço do cordão dunar a sul, para que possa ser feito com a garantia de que não serão criados problemas neste troço de praia ", sublinhou.
O presidente da Câmara de Ílhavo elogiou a prontidão do INAG, mas não poupou críticas a Carlos Borrego. O professor da Universidade de Aveiro e ex-Ministro do Ambiente continua a defender que "se quisermos resolver esta situação definitivamente temos de encontrar soluções para que as pessoas que ali vivem não sejam colocadas em perigo. Não podemos continuar a construir na costa e a estratégia é retirar o que está construído, nomeadamente habitações, porque o mar não se compadece e os esporões não dão resultados", reforçou Carlos Borrego.
O autarca de Ílhavo não gostou do que ouviu e disse lamentar as declarações de Carlos Borrego. Ontem, em jeito de recado assegurou: "Queria deixar muito claro que da parte da Câmara de Ílhavo e da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, nós não saímos daqui. Estamos aqui para viver, para ajudar os que aqui vivem, os que aqui trabalham e os que passam aqui os seus tempos de lazer", garantiu Ribau Esteves.